sexta-feira, 25 de julho de 2014

Fornecedores pedem a Armando Monteiro a reabertura das usinas Cruangi e Pumaty

Usina Pumaty
A AFCP e o Sindicape, entidades que reúnem 12 mil produtores de cana no Estado, entregaram suas reivindicações ao candidato ao governo estadual Armando Monteiro, na esperança de que o político, conhecedor do setor, e, nos últimos anos, ajudando a classe enquanto senador, possa colaborar na restauração da agroindústria canavieira pernambucana.

A Associação dos Fornecedores (AFCP) e o Sindicato dos Cultivadores de Cana (Sindicape) entregaram ao candidato a governador do Estado, Armando Monteiro, reivindicações de curto e médio prazo, na intenção de que o político, se eleito, possa revalorizar o setor sucroenergético.
Durante a reunião, no escritório do senador, no bairro da Ilha do Leite, no Recife, os agricultores conversaram por cerca de uma hora com o candidato, defendendo cada item da pauta apresentada.
Foram apresentadas cinco propostas. Três emergências e duas de médio prazo.
A reabertura das usinas Cruangi e Pumaty, localizadas na Zona da Mata Norte e Sul respectivamente, é uma das demandas de curto prazo.
“Fechadas em 2012 e 2013, cerca de 8 mil empregos diretos deixaram de existir na região”, pontuou Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP.
“A proposta consiste não na compra das usinas pelo Estado, mas sim que possa arrenda-las para duas cooperativas de canavieiros, possibilitando o funcionamento delas, e, consequentemente, a retomada da produção industrial e a geração de empregos e impostos novamente, e aquecendo ainda o comercio dessas localidades.”
Outra proposta emergencial defendida foi a imediata redução do ICMS para o etanol combustível, produzido em Pernambuco.
“Hoje o tributo é de 25%, onerando o preço final do produto para o consumidor nos postos de abastecimento. Esta política de incentivo fiscal, já tem sido realizada nos estados de São Paulo e em Minas Gerais, onde o tributo é de 12% – menos da metade do que é cobrado em Pernambuco”.
“Essa política contribui para a cadeia sucroenergética, mas também com toda a população, devido ao etanol mais barato. Além disso, contribui com a natureza, estimulando o consumo do combustível limpo e renovável, emitindo 90% de CO2 a menos em relação a gasolina, que é fóssil e não renovável”, diz Lima.
A manutenção e a ampliação do Programa Estadual de Apoio ao Pequeno Produtor, que consiste na distribuição de fertilizantes para o incremento da produtividade agrícola desses agricultores, também foi apresentada pelos representantes do setor.
Em relação aos pleitos de médio prazo, o setor canavieiro requereu que seja retomado os estudos técnicos de dois projetos específicos: o Projeto Águas do Norte e o Polo Canavieiro do Sertão. O primeiro visa atenuar os efeitos do déficit hídrico da Zona da Mata Norte Pernambucana, através de micro bacias de acumulação, visando o uso múltiplo da água, com abastecimento urbano, piscicultura, hortifrutigranjeiro e cana irrigada.
O segundo projeto consiste na volta de estudos para viabilizar plantações de cana ao longo do Canal Sertão Pernambuco, no Sertão do São Francisco.
“O pleito entregue a Armando visa atenuar a crise que afeta a agroindústria canavieira em Pernambuco, e, consequentemente, a maioria das cidades produtoras de cana, que convive com altas taxas de desemprego e demais problemas socioeconômicos ligados à acentuada decadência do setor sucroenergético”, finalizou Lima.

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