sábado, 28 de novembro de 2015

Recife registra 20 vezes mais casos confirmados de dengue em 2015

Em igual período do ano passado, Secretaria de Saúde registrou 693 casos. Até 14 de novembro deste ano, foram confirmados 15.168 de dengue.



Neste ano, o Recife registrou 15.168 casos confirmados de dengue até o dia 14 de novembro. No mesmo período do ano passado, a Secretaria de Saúde da cidade registrou 693 casos confirmados. Os números representam um aumento de mais de 20 vezes de um ano para o outro. Para lidar com o crescimento da doença no município, a prefeitura anunciou nesta sexta-feira (27) um mutirão envolvendo todas as secretarias.
O número de casos confirmados na cidade ainda pode aumentar. Ao todo, foram notificados 25.219 casos, o que representa um aumento de 838,2% no número de notificações – foram 2.688 no mesmo período de 2014. Foram confirmadas no município três mortes em decorrência de dengue, duas em maio, nos bairros da Imbiribeira e Guabiraba, e uma em abril, na Cohab.
A reunião desta sexta reuniu todos os secretários municipais do Recife, que discutiram o novo esquema de combate ao mosquito da dengue. A partir de agora, a prefeitura vai usar equipes, material e carros de todas as secretarias para combater o Aedes aegypti, que também transmite zika vírus e chikungunya – desta última, foram notificados 190 casos suspeitos na cidade em 2015.
Os mutirões começam no sábado (28), pelo bairro do Ibura, na Zona Sul da capital. “Existe uma preocupação mais recente com a provável ligação do vírus zika com a microcefalia, que exige uma ação de todos os brasileiros. As pessoas precisam ver onde tem água parada para combater o mosquito, pois cada vez o que ele transmite é mais grave”, afirma o prefeito Geraldo Julio.
O último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde traz o registro de 97 casos suspeitos de microcefalia no Recife. Um levantamento da prefeitura mostra que o bairro do Ibura conta com oito registros da má-formação, enquanto Várzea e Cohab tem sete cada um. Em todo o estado, são 487 casos.
O prefeito aponta que o Recife ainda aguarda a liberação de recursos do Ministério da Saúde para poder contratar mais 300 agentes de endemias temporários – o Recife conta com aproximadamente 600. “Tem toda uma logística, insumos, equipamentos de proteção individual que precisam ser disponibilizado”, detalha Geraldo Julio.
Segundo o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, o Aedes aegypti pode causar quatro tipos diferentes de dengue, além de doenças como zika e chikungunya. O maior risco à população está nas próprias residências, já que mais de 80% dos focos do mosquito estão nos reservatórios utilizados pelas pessoas para armazenar água para consumo em casa. "É preciso estar atento a fissuras em caixas d'água e checar vasilhames e calhas", explica Correia.
Caso haja febre alta, manchas vermelhas e dores no corpo, a orientação da Secretaria de Saúde do Recife é procurar o posto de saúde mais próximo de casa. O posto é a porta de entrada para que o paciente seja diagnosticado e encaminhado a um hospital para aprofundar o tratamento.


Infográfico detalha como a dengue age no corpo (Foto: G1)

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