O que se ouve nos bastidores e nos corredores do Tribunal Regional Eleitoral é que, dificilmente, os 15 proporcionais alvos de pedido de impugnação de suas candidaturas pelo Ministério Público Federal consigam sair ilesos. Evidentemente que os casos e processos são diferentes, mas o enquadramento é um só: na Lei da Ficha Limpa.
Magno Martins
A lista dos 15 está publicada em todos os sites, blogs e jornais do Estado. A maioria é composta por ex-prefeitos, mas tem também deputados no exercício do seu mandato. Todos, sem exceção, cometeram irregularidades graves quando administraram seus municípios ou Câmaras de Vereadores. Segundo a leitura do MPF e da Procuradoria Regional Eleitoral, os erros são insanáveis.
Até agosto, esses pré-candidatos terão a clareza se poderão continuar no páreo ou se recorrerão ao artifício legal de concorrer sub judice. Nesta situação, correm riscos de serem votados ou até eleitos, mas não terem seus votos computados na apuração das urnas.
Situação desconfortável e complicada, até para se apresentar ao eleitorado, que já irá receber o candidato com olho enviesado, pelo fato de ter entrado no rol dos fichas sujas. Candidato que passa a campanha inteira se explicando já dá a largada com o pé errado, sem a capacidade de convencimento.
O pior é que o eleitor, cada vez mais esclarecido com a consolidação da internet, que democratizou o acesso a todo tipo de informação, abrindo por outro lado a tribuna das redes sociais, resiste a um candidato que pode levá-lo a desperdiçar o seu voto.
A ficha limpa é um avanço institucional para a moralização da forma de fazer política, é o começo, mas, muita coisa esta fora da agenda da política nacional. Como por exemplo, não temos a reflexão da forma do financiamento da divida publica brasileira, de cada 100 reais de impostos que pagamos 43 são destinados para pagar juros e amortização de uma divida publica que não para de crescer.
ResponderExcluirOutro ponto é como essa divida é criada, onde os recursos são locados, qual o legado que essa divida de dois trilhões. Para quem essa divida serve, para maioria da população não é, somos a sétima economia e a octogésima em justiça social.
Temos uma das piores distribuições de renda entre os países.
Um dos problemas é que nossa população não participa do processo político, só no momento das eleições, em seguida, a nossa cidadania, ficamos presos no transito, ficamos presos nas filas, nos grandes congestionamentos, ou nas filas dos hospitais, ou nas filas do banco, ficamos exaustos de pegar tanto transito tanta fila, não temos mais capacidade física de reinvidicar os nossos direitos.