Bode expiatório?

Funcionária de mais alto escalão demitida do banco após a divulgação de um informe que associava a presidente Dilma à piora da economia brasileira, Sinara Polycarpo Figueiredo afirma que sua trajetória "é impecável e bem-sucedida"; "Portanto, jamais poderá estar associada a qualquer polêmica. Esse assunto já se esgotou"; outras duas pessoas foram demitidas depois do caso
247 – Demitida do Santander depois do polêmico informe divulgado pelo banco a clientes de alta renda, que associava a presidente Dilma Rousseff à piora do quadro econômico no Brasil, Sinara Polycarpo Figueiredo contou que está indo viajar. "Vou ficar fora de São Paulo até o dia 25", disse. Até há poucos dias, ela era a superintendente de investimentos da instituição financeira espanhola.
"Minha trajetória é impecável e bem-sucedida. Portanto, jamais poderá estar associada a qualquer polêmica. Esse assunto já se esgotou", desabafou ainda Sinara. As declarações foram dadas à
revista Exame, que apurou também que outros dois funcionários foram demitidos por conta do episódio. Eduardo Correia, gerente comercial da equipe que fez o relatório, e a analista que escreveu o texto.
Em discurso feito durante encontro com sindicalistas no último dia 29, o ex-presidente Lula criticou a autora da análise: "Essa moça não entende porra nenhuma de Brasil e de governo Dilma. Manter uma mulher dessa num cargo de chefia, sinceramente... Pode mandar ela embora e dar o bônus dela para mim", afirmou.
O banco chegou a emitir mais de um pedido de desculpas. Durante evento de educação promovido pelo Santander, no Rio de Janeiro, o presidente mundial da instituição, Emilio Botín, justificou a demissão da analista. "Enviamos uma carta à presidente. A pessoa tinha que ser demitida porque fez coisa errada", disse. Dilma classificou de "inaceitável" e "lamentável" o que chamou de interferência do banco no campo político.
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