DIFERENÇA ENTRE DILMA E MARINA CAIU PARA 5 PONTOS
À agência Bloomberg, fonte do governo diz que trackings das próximas pesquisas já apontam para redução da diferença entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-ministra Marina Silva (PSB); distância que estava em quinze pontos percentuais teria se reduzido para cinco pontos; bolsa abriu em alta e chegou a ultrapassar os 60 mil pontos, mas agora vira para baixo; segundo a fonte, Marina ganhou parte dos votos de Dilma e um pouco de Aécio Neves (PSDB); partidos políticos fazem pesquisas diariamente com 500 eleitores para monitorar mudanças na intenção de voto
SÃO PAULO - De acordo com uma fonte do governo ouvida pela Bloomberg, Marina Silva (PSB) deve subir forte nas próximas pesquisas e diminuir a diferença sobre Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno para cinco pontos percentuais, uma diminuição de dez pontos em relação ao último Datafolha. A fonte teve acesso aos trackings (pesquisas internas) vistos pelos partidos e pediu para não ser identificada porque estes levantamentos não são publicados.
Segundo a fonte, Marina ganhou parte dos votos de Dilma e um pouco de Aécio Neves (PSDB). Na primeira pesquisa que incluiu Marina entre os candidatos, o Datafolha de 18 de agosto, a diferença entre Dilma e Marina era de 15 pontos percentuais no 1º turno. Dilma tinha 36% das intenções de voto, Marina, 21%, e Aécio 20%.
Os partidos políticos fazem pesquisas diariamente com 500 eleitores para monitorar mudanças na intenção de voto, segundo André Cesar, diretor de política pública e estratégia de negócios na consultoria Prospectiva. Esses trackings têm margem de erro maior que as pesquisas eleitorais conduzidas pessoalmente em maior escala, destacou.
A equipe de campanha de Dilma disse que não comentaria pesquisas antes de elas serem divulgadas oficialmente, enquanto a equipe de Aécio vai esperar a divulgação para comentar. Walter Feldman, coordenador da campanha de Marina Silva, disse que há sinais de que o apoio à sua candidata está crescendo. Nesta semana são esperadas as pesquisas do Ibope, CNT/MDA e Datafolha, segundo website do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Petrobras vira para baixo e leva Ibovespa, que cai após superar os 60 mil pontos
Por Lara Rizério, do Infomoney - O Ibovespa zerou os ganhos na sessão desta terça-feira (26), após chegar a superar os 60.000 pontos mais cedo, em meio às expectativas eleitorais. Em destaque, estão os ativos da Petrobras, que diminuíram fortemente o ímpeto após chegar a subir 2%. Às 12h34 (horário de Brasília), o índice registrava leve perdas de 0,25%, a 59.585 pontos, enquanto os ativos da petrolífera caem cerca de 1%.
Enquanto isso, o dia virou para o positivo na Europa, em meio às expectativas com relação a uma resolução após encontro na Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira que a crise na Ucrânia não pode ser resolvida com uma nova escalada militar ou sem diálogo com representantes do leste do país, região onde se fala russo.
No cenário nacional, de acordo com o Bom Dia Mercado, da Agência Estado, o Ibope poderá mostrar Marina Silva bem à frente de Aécio Neves, com um porcentual em torno de 27% das intenções de voto. Enquanto isso, Dilma Rousseff estaria mantendo um teto de 38% das intenções de voto. Conforme destaca o boletim, o Ibope será decisivo para confirmar a tendência mostrada no Datafolha, onde Marina venceria Dilma por 47% a 43%. De acordo com José Roberto de Toledo, em coluna para o Estado de S. Paulo, a divulgação da pesquisa será hoje às 18h no site do jornal e deve mostrar "Marina Silva surfando uma onda de opinião pública de proporções havaianas".
"O Ibovespa passou a registrar uma sessão de leves perdas nesta sessão com os investidores ainda na expectativa pelo Ibope, que levou o índice a registrar fortes ganhos nas últimas sessões. Com isso, o mercado aproveita para reembolsar os ganhos, uma vez que os números ainda não foram divulgados", ressalta o analista Elad Revid, da Spinelli.
Vivo e Vale em baixa
No radar corporativo nacional, a Telefónica, controladora da Vivo (VIVT4), avalia subir oferta pela GVT para até 8 bilhões de euros, disseram fontes à Bloomberg. Segundo a pessoa, o conselho da companhia iria se reunir esta semana. Há duas semanas, a Telecom Italia, dona da TIM (TIMP3), confirmou seu interesse em adquirir a GVT, rivalizando com a oferta inicial de 6,7 bilhões de euros feita pela espanhola Telefónica. Segundo reportagem da Bloomberg de dois domingos atrás, a companhia italiana estaria se preparando para oferecer até 7 bilhões de euros - o que ficaria abaixo da segunda oferta da Telefónica. As ações da Vivo têm baixa de cerca de 0,8%, após chegarem a cair 2% mais cedo.
Já a Cemig (CMIG4) teve sua recomendação rebaixada pelo JPMorgan, fazendo com que suas ações tivessem mais baixa de 4%. O banco de investimentos revisou a classificação de neutra para underweight (desempenho abaixo da média), com preço-alvo para os próximos três meses de R$ 18 - abaixo do preço de fechamento de R$ 19,96 dos papéis ontem.
As ações ordinárias da Vale (VALE5) caem pelo quarto pregão consecutivo nesta terça-feira, acumulando no período perdas de cerca de 2,5%. Já as preferenciais recuam pelo terceiro dia (-2,5%). O movimento segue a queda do preço do minério de ferro, que atigiu hoje US$ 89 a tonelada, menor nível desde setembro de 2012, praticamente dois anos. Segundo a XP Investimentos, a Vale deve seguir pressionada. No mesmo horário, os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 21,52, -0,37%), holding que detém participação na mineradora, também caíam.
Por outro lado, as ações da Oi (OIBR4) dispararam 7% em cerca de 10 minutos nesta terça-feira (26). Os papéis da operadora de telefonia começaram a subir mais forte a partir das 11h55 (horário de Brasília) deste pregão. Lá fora, as ações da Portugal Telecom também arrancaram por volta do mesmo horário e registravam às 12h23 (horário de Brasília) alta de 5,85%, a R$ 1,45, na Bolsa de Lisboa, Portugal. Procurados pelo InfoMoney, operadores de mercado não souberam justificar a arrancada dos papéis da Oi na Bolsa.
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