Dois altos dirigentes do Hamas que viajaram ao Cairo para negociar a ampliação do cessar-fogo revelaram à AFP que o movimento islâmico recusou a manutenção da trégua no conflito que já matou 1.890 palestinos - essencialmente civis - e 67 israelenses, a grande maioria militares.
"Nos recusamos a prolongar o cessar-fogo, é uma decisão final, Israel não propôs nada", declarou à AFP um membro da delegação do Hamas nas negociações no Cairo.
Israel "não aceitou acabar com o bloqueio" sobre a faixa de Gaza, explicou o responsável do Hamas no Cairo.
A decisão do Hamas foi precedida de disparos de foguetes da faixa de Gaza contra Israel, o que antecipou o fim do frágil cessar-fogo em vigor desde a última terça, 5 de agosto.
Segundo o Exército hebreu, três foguetes disparados da faixa de Gaza atingiram o sul de Israel, sem deixar feridos. "Os terroristas violaram o cessar-fogo". O acordo terminou às 2h de Brasília.
Durante uma longa reunião noturna, os mediadores egípcios insistiram com os palestinos na tentativa de obter uma prorrogação do cessar-fogo.
Israelenses e palestinos realizavam no Cairo negociações bastante difíceis, com mediação do Egito, com a esperança de transformar o cessar-fogo em uma trégua duradoura.
Durante a quinta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse "não estar certo de que a batalha tenha terminado".
Nenhum comentário:
Postar um comentário