O dado que mais chama a atenção na pesquisa do Ibope, divulgado nesta quarta-feira, no Recife, foi a elevada taxa de rejeição do candidato do PSB, Paulo Câmara, com 20%. No mesmo quesito, o rival Armando Monteiro Neto tinha 14%.
A situação é interessante justamente porque a escolha do socialista pelo PSB se deu por ser desconhecido, portanto, um candidato que teria uma rejeição bastante reduzida.
Os aliados de Paulo Câmara trabalham com a informação de que a greve dos ônibus, além de elevar a rejeição ao seu nome, prejudicou o crescimento de Paulo Câmara na Região Metropolitana do Recife, na mais recente pesquisa do Ibope. Como candidato do governo, o ônus pela greve acaba caindo nas costas de Paulo Câmara.
“Com o transporte parado, com um mal-estar generalizado, não há como não arrebentar com o humor do eleitor. Nestas condições, o grau de confiabilidade da pesquisa é baixo”, afirma um socialista, em reserva.
Há poucas semanas, de acordo com os levantamentos internos, a rejeição dos dois era igual. Neste cenário, Armando Monteiro já estaria abaixo dos 40%, enquanto Paulo Câmara oscilava em torno dos 15%. Mais aí veio a greve dos motoristas nesta semana.
“Para nós, a pesquisa está micada. Não tem valor, chega a ser um escândalo. Com a cidade sofrendo com uma greve de transporte, como não dava para substituir o campo de pesquisa, o correto seria adiar, para evitar o desvirtuamento”, criticam os aliados mais radicais.
Os socialistas apostam no guia eleitoral para reverter os números, quando o grau de interesse do eleitor aumenta. Com 70% de desconhecimento, a aposta dos socialistas é de que o jogo deve mudar, em favor de Paulo Câmara.
Embora pouco explorada pela imprensa, os aliados de Paulo Câmara destacam ainda a queda de Armando Monteiro, que perdeu cinco pontos. Na primeira pesquisa do Ibope, ele tinha 48%. agora, tem 43%.
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