Pernambuco 247 - Os rodoviários da Região Metropolitana do Recife não descartam a possibilidade de uma nova paralisação da categoria apesar do Tribunal Superior do Trabalho (TST) ter reconsiderado parcialmente a decisão que suspendeu a liminar do sindicato patronal (Urbana-PE) que limitava o reajusta salarial da categoria em 6%. Os trabalhadores dizem que vão continuar mobilizados até o julgamento final do mérito do reajuste pleiteado pela categoria, que é de 10%. Uma assembleia para definir se os rodoviários cruzarão ou não os braços nesta sexta-feira (29) está marcada para amanhã.
Na assembleia os motoristas, cobradores e fiscais de ônibus deverá votar se a paralisação será efetivada. Caso os rodoviários sejam favoráveis à paralisação, os serviços deverão ser suspensos das 16h às 0h da sexta. Os trabalhadores dizem que pressão é para que justiça conceda de forma definitiva o reajuste salarial, além de outros benefícios como eles o aumento no valor da diária em viagens especiais, do auxílio-funeral e da indenização por morte ou invalidez.
Na semana passada, o presidente do TST, ministro Barros Levenhagen, deferiu o pedido de efeito suspensivo formulado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco, por entender que os 10% concedidos pelo TRT-PE ultrapassaram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 6,06%. Na decisão monocrática, publicada no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho desta terça-feira (26), o ministro ressaltou "não ter atentado para a fundamentação da sentença normativa" que fixou aquele índice.
Com a nova decisão, ficaram mantidos, até o julgamento definitivo da questão, o piso de R$ 1.765,50 para motoristas, de R$ 1.141,69 para fiscais despachantes e de R$ 812,13 para os cobradores. Diariamente, cerca de 2 milhões de usuários fazem uso do transporte coletivo na RMR.
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