Dirigente ressaltou a força política de Teresa Leitão e Bruno Ribeiro (Foto: Folha de Pernambuco)
Presidente do PT no Recife, Oscar Barreto afirmou que após a vitória de Dilma Rousseff (PT) nas urnas o partido deve pensar em se unir. O dirigente descartou qualquer possibilidade de analisar cenários eleitorais futuros. Ele apontou que a deputada e presidente estadual da sigla, Teresa Leitão (PT), e o vice, Bruno Ribeiro (PT), foram importantes para retomarem o diálogo entre os membros da legenda.
“O saldo positivo dessa campanha foi a coordenação política de Teresa Leitão e Bruno Ribeiro. Eles constituíram um diálogo importante capaz de conduzir esse processo até hoje. Porque quando acabou a campanha no primeiro turno a gente viu quem teve força para segurar a campanha e quem ficou sem saber o que fazer”, relatou Oscar, em entrevista ao Blog da Folha.
“Eu vou defender que o sectarismo fique de lado. Isso que levou a divisão do PT. Agora não cabe mais ficar discutindo ela. Quero que tenha como centro as pontes de união e diálogo em torno do Brasil. Temos que olhar para dentro. Tem que dialogar muito. Então não tem que ter revanche”, completou.
Apesar de pregar pela união da sigla no Estado, Oscar não marcou presença na comemoração da vitória de Dilma no Marco Zero, no último domingo (26). “Preferi ficar em casa assistindo o discurso de Dilma”, justificou.
O dirigente avaliou que a vitória de Dilma no Estado, com pouco mais de 70%, não aconteceu apenas pela campanha do segundo turno. “É preciso olhar essa vitória de Dilma aqui em Pernambuco não pelos últimos 20 dias, e sim nos últimos 14 anos. Desde a vitória de João Paulo para prefeito do Recife. Houve um movimento muito grande para a esquerda aqui no Estado a partir daquela data e, logo depois, com a vitória de Lula”, analisou.
Na avaliação do dirigente, mesmo sem eleger o deputado federal João Paulo (PT) para o Senado e de não ter elegido nenhum representante local na Câmara Federal, o partido não pode considerar que perdeu as eleições no Estado. “Quem perdeu as eleições foi o PTB. O candidato majoritário foi do PTB. Como o PT não se apresentou na disputa política. A proporcional depende muito da majoritária. O PT não teve disputa política”, ressaltou Oscar.
Sobre os desafios de Dilma no novo governo, o líder petista afirmou que é preciso unir as forças de esquerda para o partido conseguir seus objetivos. “A luta da reforma política, por exemplo, vai ter que aliar a esquerda do Brasil e a esquerda de Pernambuco. Temos que ter a força com quem sempre foram os nossos aliados. Os aliados históricos que sempre tivemos”, concluiu.
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