"Ele não está proibido de falar no telefone. Mas quem teve que fazer o trabalho fui eu", diz Cristiane em publicação do site do jornal Folha de São Paulo.
E na primeira entrevista como presidente do PTB, Cristiane, que é faixa preta em caratê, já diz a que veio e parte para cima do PT, o que virou praxe de seu pai. Ela acusa o partido de idealizar e comandar o esquema de corrupção na Petrobras.
"Esse esquema foi criado para financiar o projeto de poder do PT. Eles escolheram a Petrobras para fazer dali o caixa de arrecadação e se perpetuar no poder. É o maior escândalo de corrupção da história do Brasil. Muito maior do que o mensalão".
A nova presidente do PTB quer frustrar tentativa do governo de atrair o partido para a bancada governista no segundo mandato. Ela promete que a sigla será "independente", apesar do convite ao senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) para o Ministério do Desenvolvimento. "Ele é um quadro que orgulha o partido, mas foi uma escolha pessoal da presidente Dilma. O PTB não é base. Teremos independência."
Entre as bandeiras do Planalto que Cristiane quer combater está o projeto de regulamentação da mídia. Orientada pro Jefferson, ela conduziu as negociações para que a sigla apoiasse o tucano Aécio Neves nas eleições, o que aconteceu sob comando do então presidente da legenda Benito Gama, eleito deputado federal pela Bahia.
Cristiane não poupa elogios ao pai, que para ela é "um fofo". "Sou uma filha apaixonada. Ele é tudo para mim".
Mas a afeição pelo genitor não implica necessariamente nos mesmos caminhos políticos. "Não quero herdar os ódios que meu pai amealhou ao longo da vida".
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