O estudante Weverton Fágner de Medeiros Gomes, de 18 anos, precisa fazer um transplante de intestino. A cirurgia é delicada e a família busca ajuda para levá-lo para os Estados Unidos para ser operado no Jackson Memorial, em Miami, hospital referência nesse tipo de cirurgia. Para isso, a família precisa juntar quase R$ 4 milhões e a internet tem sido uma aliada no processo.
Weverton está internado há 50 dias no Hospital Otávio de Freitas (HOF), no Recife. No dia 16 de julho, ele chegou à unidade de saúde com sintomas de apendicite. Foi operado, mas dias depois os médicos descobriram que ele tinha uma trombose no intestino e, por isso, 90% do órgão precisou ser retirado.
O consultor de vendar, Ubiratan Gomes, mostra orgulhoso as fotos em que o filho aparece sorrindo e conta que Weverton é apaixonado por futebol e música. "O Weverton é um garoto inteligente, jovem, cheio de vida. Antes de ele chegar aqui no hospital, praticava esportes, tinha muitos planos e hoje está limitado ao leito dele, porque fica numa alimentação parenteral. Para ele, para a cabeça dele, tem sido muito difícil", explica o pai.
A família entrou na justiça pedindo que o Governo de Pernambuco ajude, mas ainda não teve nenhuma decisão. A Secretaria de Saúde de Pernambuco informou que enviou o pedido para o governo federal. O Ministério da Saúde explicou que está levantando informações para saber o que precisa ser feito e que dois hospitais no Brasil são referência para esse tipo de cirurgia.
A campanha iniciada por amigos e parentes já arrecadou parte do dinheiro necessário, cerca de R$ 500 mil. Esse é o primeiro passo para realizar o sonhos de Ubiratan. "O meu sonho é ver ele bom, tocando comigo na igreja, se alimentando normal. Esse é o meu sonho", resume o pai.
A história tem sensibilizado pessoas que sequer conheciam o estudante ou a família dele, como o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. “Eu fiquei emocionado, é um jovem com muita esperança, muita vontade de vencer. Eu fiquei muito sofrido quando ele falou que quer fazer medicina e que, depois de ficar no hospital, tem mais vontade ainda", conta o religioso.
Apesar de Weverton não estar recebendo visitas, parentes e amigos dele foram ao hospital. Com faixas, cartazes e fotos do jovem estampadas nas camisas, eles oraram, cantaram e mostraram que amizade e solidariedade andam juntas. "É muito difícil saber que ele está nessa situação, eu nunca imaginei passar por isso que a gente está passando com ele. Foi uma coisa que nos pegou de surpresa. Ele é um amigo muito improtante para mim", explica a estudante Mariana Maciel.
O companheirismo do irmão é o que Ubiratan Gomes Júnior mais sente falta. "O que a gente mais gosta de fazer junto é o futebol, todo sábado a gente ia jogar lá na escola. Se eu puder conversar com ele como a gente fazia, passar horas conversando. Hoje nem poder sentar à mesa mais a gente consegue fazer", lamenta.
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