Prefeito de Camaragibe vai enfrentar
processo de impeachmet
Procedimento que pede o afastamento de Demóstenes Meira será apresentado na terça-feira (26) e vereadores terão de oito a 60 dias para votarem pela cassação ou não
O presidente da Câmara Municipal de Camaragibe, vereador Toninho (PTB), anunciou que vai dar início ao processo de impeachment do prefeito Demóstenes Meira (PTB) na manhã desta terça-feira (26). O parlamentar, que é integrante da bancada de oposição, vai reunir pelo menos três denúncias contra o gestor para fundamentar a instauração do procedimento interno que visa o afastamento dele. O documento será lido pelo parlamentar na sessão ordinária que ocorrerá a partir das 9h, quando a Casa Legislativa deve nomear uma comissão de vereadores para cuidar do assunto.
A partir do início do processo, os 13 vereadores terão de oito a 60 dias para votarem pela cassação ou rejeição do pedido. Nesse período, o prefeito também vai apresentar sua defesa à Casa Legislativa. Dos 13 vereadores da cidade, quatro são da oposição e nove são da bancada governista. Para aprovar uma eventual cassação do prefeito, dois terços da casa, ou seja, nove parlamentares teriam que votar pelo afastamento dele.
Entre as denúncias que serão anexadas ao pedido estão os áudios que Demóstenes Meira compartilhou no WhatsApp determinando que os ocupantes de cargos comissionados comparecessem ao show de sua noiva, a cantora Taty Dantas, no bloco Canário Elétrico. A apresentação ocorreu do dia 17 de fevereiro, um domingo. O prefeito confirmou a autoria das mensagens e disse que não vê irregularidades no conteúdo.
Presidente da Câmara Municipal de Camaragibe, vereador Toninho (PTB), acha que existem motivos para cassar mandato do prefeito. Imagem: reprodução TV Clube
A Promotoria de Justiça de Camaragibe abriu investigação para apurar suposto ato de improbidade administrativa, enquanto o Ministério Público de Contas de Pernambuco também iniciou procedimento para saber se houve gasto de dinheiro público do bloco, que pertence ao secretário municipal de Educação, Denivaldo Freire. O presidente da Câmara Municipal também vai anexar os “constantes atrasos” nos repasses do município ao Fundo de Previdência dos Servidores Municipais que, segundo ele, geraram multa de R$ 380 mil à prefeitura.
Além disso, supostas irregularidades no asfaltamento de 13 ruas e falta de licitação em obras também serão incorporados ao pedido de impeachment de Demóstenes Meira. “A Câmara não pode ficar omissa diante dos fatos. Camaragibe já chegou ao último estágio de desmandos administrativos”, afirmou Toninho. Segundo ele, alguns vereadores da base governista teriam demonstrado, nos bastidores, o interesse de votar pela cassação do prefeito.
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