segunda-feira, 30 de março de 2020

Após passeio, Bolsonaro critica isolamento: "Todos nós iremos morrer um dia"

Jair Bolsonaro critica isolamento social durante crise do coronavírus

Contrariando recomendações do próprio Ministério da Saúde, Jair Bolsonaro visitou localidades ao redor de Brasília, neste domingo (29), e voltou a criticar a prática da quarentena para evitar a disseminação do novo coronavírus no país. Segundo o presidente, que defende isolamento de idosos e de grupos de risco, “todos vão morrer um dia”

“Temos um problema do vírus? Temos. Ninguém nega isso daí. Devemos tomar os devidos cuidados com os mais velhos, com as pessoas do grupo de risco. Agora, o emprego é essencial”, afirmou o presidente, segundo o G1.

Mais uma vez, Bolsonaro priorizou a economia em seu discurso para justificar sua postura em desrespeitar o confinamento que vem sendo adotado com seriedade em diversos países no mundo inteiro, no enfrentamento da covid-19.

“Essa é uma realidade, o vírus tá aí. Vamos ter que enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, porra. Não como um moleque. Vamos enfrentar o vírus com a realidade. É a vida. Todos nós iremos morrer um dia. Queremos poupar a vida? Queremos, na parte da economia, o Paulo Guedes tá gastando dezenas de bilhões de reais, que é do Orçamento, que é dinheiro do povo, se bem que nem dinheiro é. Pegamos autorização do Congresso para estourar o teto, que vai ser paga essa conta lá na frente”, afirmou.
Ao comentar o confinamento forçado da sociedade neste momento de crise, o presidente ainda fez declarações sobre a questão do crescimento da violência doméstica sem apresentar dados que corroborem sua visão. “Tem mulher apanhando em casa. Por que isso? Em casa que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão. Como é que acaba com isso? O cara quer trabalhar, meu Deus do céu. É crime trabalhar?”, provocou.
No Distrito Federal, lojas, bares, restaurantes permanecem fechados, segundo decreto do governador Ibaneis Rocha (MDB), publicado no último dia 19. O fechamento do comércio, além da proibição de cultos e missas e da suspensão das aulas nas escolas, tem duração prevista até o próximo dia 5.
Apenas clínicas médicas, laboratórios, farmácias, postos de gasolina, mercados, lojas de material de construção e padarias podem seguir com atividade normal nesse período.

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