sábado, 28 de março de 2020

Justiça proíbe que governo adote medidas contra isolamento social


Aerial view of the Candelaria church and the empty Presidente Vargas avenue in downtown Rio de Janeiro, Brazil on March 25, 2020, during the outbreak of the new coronavirus. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP) (Photo by MAURO PIMENTEL/AFP via Getty Images)
Nesta sexta (27), a Justiça Federal proibiu que o governo federal adote medidas contrárias ao isolamento social durante a crise da pandemia do novo coronavírus, além de suspender decretos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que colocavam igrejas e casas lotéricas como serviços essenciais.

A decisão foi do juiz federal Márcio Santoro Rocha, da 1ª Vara Federal de Duque de Caxias (RJ), e tem efeito imediato em todo o Brasil. Caso a decisão não seja cumprida, a multa é de R$ 100 mil.
O pedido, feito pelo Ministério Público Federal (MPF), se baseia no argumento de que não pode acontecer a inclusão de novos setores na lista de serviços essenciais, determinada pela lei federal nº 7.783/1989.

"O decreto é um ato normativo secundário, de natureza regulamentar infralegal, que deve, portanto, obediência plena à lei, que lhe é superior, cabendo somente a esta impor obrigações e deveres de caráter geral”, afirmou o juiz em sua decisão.

Na última terça (24), Bolsonaro fez um pronunciamento criticando medidas de isolamento e fechamento de comércio por parte de governadores e prefeitos, pedindo que a população voltasse ao dia-a-dia, poupando apenas as pessoas do grupo de risco.
No dia seguinte, o presidente assinou um decreto adicionando casas lotéricas e igrejas como serviços essenciais, permitido que os locais funcionassem mesmo com várias determinações estaduais e municipais que impediam aglomerações de pessoas.

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