quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Líbia resiste à agressão neocolonial
“A mediática colonialista decretou silêncio a respeito dos crimes de guerra que os trombadões de Paris, Londres e adjacências estão cometendo na Líbia. O advogado Jacques Vergès, um dos mais notáveis protagonistas da luta anti-colonialista do último meio século, visitando Trípoli em 30 de maio, afirmou que iria processar Sarkozy por crime contra a humanidade. O presidente da França é hoje sem dúvida o maior celerado da Otan, mas cumpre reconhecer que além de seus pistoleiros aéreos, há muitos trombadinhas cor de rosa ao lado dele.
É o que a Assembleia Nacional Francesa se encarregou de confirmar, aprovando em 12 de julho, por 482 votos contra 27, o prosseguimento dos criminosos bombardeios sobre a Líbia iniciados quatro meses antes. O Partido socialista manchou-se mais uma vez, votando em peso, com honrosas, mas pouquíssimas exceções, a favor dessa sórdida guerra descaradamente colonialista. Os comunistas, ao lado de outros deputados da esquerda, cumpriram seu dever internacionalista votando contra o banditismo de Estado. O fato de que constituam hoje uma pequena minoria é tão honroso para eles como para os socialistas é desonroso retomar as piores tradições da social democracia francesa. Vale lembrar que a antiga Section Française de l’Internationale Ouvrière (SFIO), a despeito do nome pomposamente revolucionário, sustentou as mais odiosas operações coloniais, inclusive a atroz repressão aos patriotas da Frente de Libertação Nacional (FLN) argelina. Admite-se que o Exército colonial francês matou cerca de um milhão de argelinos durante a guerra de libertação nacional.”
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