segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Estado faz obra sonrisal

As chamadas obras sonrisais, que se dissolvem com o vento e ficaram famosas no final da década de 80 com as barragens do projeto Asa Branca, no Governo Marco Maciel, também existem na gestão atual.

Na sexta-feira passada, a TV-Globo mostrou a mais recente “pérola” entregue à população sem o devido zelo do Governo do Estado. Refiro-me ao corredor exclusivo de ônibus da Avenida Pan Nordestina, em Olinda.

Depois de dois anos em obras, o trecho que se gastou rios de dinheiro afundou apenas três dias após ser liberado, congestionando a área e revoltando usuários de carros particulares. O engraçado é que, diante do fiasco, o Governo do Estado joga a culpa diretamente na construtora responsável.

Ora, a empreiteira é parte da obra, do projeto e do problema. Se houve erro por uso de material inadequado, a culpa não é exclusiva de quem tirou a ideia do papel, mas também do contratante, no caso a Secretaria de Cidades, que não fez o dever de casa, ou seja, uma fiscalização rigorosa e permanente durante o tempo da construção, que não foi pequeno, durou 24 meses.

A conclusão é simples: o Governo foi relapso com o dinheiro público. Mas, incrivelmente, os responsáveis ficam impunes. Quem paga o pato, mais uma vez, é apenas a empreiteira.

Das duas, uma: ou o governador não sabe selecionar uma empreiteira para um projeto de igual magnitude, ou adotou a política do desleixo, embriagado pelos altos índices de aprovação

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