SE NÃO BASTASSE O FOGO AMIGO, A GUERRA NO BANCO DO BRASIL E UM PROBLEMA DE SAÚDE EM FAMÍLIA, GUIDO MANTEGA AGORA TEM DE LIDAR COM A SUSPEITA DE QUE SUA FILHA, MARINA MANTEGA, PODERIA ESTAR ENVOLVIDA EM LOBBY NA CAIXA E NO BANCO DO BRASIL; NEGÓCIO ENVOLVERIA EMPRÉSTIMO DE R$ 1,6 BILHÃO PARA O BERTIN
Mantega reagiu com indiferença à reportagem. Disse que não irá processar as pessoas que estariam usando – em vão – o nome de sua filha. No entanto, não é a primeira vez que Marina traz problemas ao pai. Na campanha presidencial de 2010, um dossiê preparado pelo PT revelou que ela mantinha encontros com o executivo Paulo Caffarelli, vice-presidente do BB, para encaminhar pedidos de patrocínio no banco. À época, os dossiês foram atribuídos à ala sindical do BB, liderada pelo deputado Ricardo Berzoini, e Mantega saiu ileso. Na verdade, saiu até fortalecido do episódio.
Agora, no entanto, sua família é exposta num momento de fragilidade. Mantega já foi alvo de denúncias no episódio da queda do presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci. O jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliente, também publicou a informação de que ele teria pedido demissão à presidente Dilma no início de fevereiro. É uma pressão intensa, que recai sobre os ombros de um ministro que, inegavelmente, tem feito um bom trabalho nos últimos anos. O Brasil não sofreu o contágio da crise financeira de 2008 e, neste ano, diante de novas turbulências, também vem escapando ileso. Mas que querem o cargo dele, não há dúvida.
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