A avaliação é do tucano Aécio Neves; o senador mineiro reverberou as críticas da colega Marta Suplicy à estratégia do PT em São Paulo; segundo ele, a tentativa de aproximação com Kassab fez ressurgir a candidatura de Serra e liberou Chalita para fazer “oposição vigorosa” ao prefeito
Após a decisão de Serra de entrar na corrida pela sucessão em São Paulo, o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, passou a criticar com mais veemência a gestão de Kassab, mas será difícil ao petista se estabelecer como alternativa ao atual governo, tendo em vista que seu padrinho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, articulava um acordo com o PSD de Kassab. “Por um lado, (a articulação entre PT e PSD) fez ressurgir a candidatura mais vigorosa do Serra, que nós queríamos, mas estava adormecida. Por outro, desmoraliza o discurso que as bases e a militância do PT fazem de oposição à administração de Serra e Kassab nos últimos anos”. criticou Aécio Neves.
Ao mesmo tempo em que criticou a conduta do PT, Aécio Neves elogiou a entrada de Serra na disputa e aproveitou para negar que ela tenha algo a ver com a eleição presidencial de 2014. Ele admite que o ex-governador terá protagonismo em 2014, sendo ou não candidato, mas considerou a decisão de Serra um “gesto de grandeza”, que ajuda a “reunificar as oposições” e terá reflexos nas eleições pelo resto do país, graças à dimensão nacional da disputa em São Paulo.
Afora discordâncias partidárias, numa coisa pelo menos Aécio Neves tem razão: enquanto PT e PSDB se engalfinham antes mesmo de as eleições começarem, quem pode se dar bem em São Paulo é Gabriel Chalita, o único candidato livre para bater numa gestão aprovada por apenas 20% dos paulistanos.
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