quinta-feira, 1 de março de 2012

DE NOVO ?

Kassab diz que Serra deixará de ser tucano, caso seja eleito

Kassab diz que Serra deixará de ser tucano, caso seja eleito Foto: WILLIAM VOLCOV/AGÊNCIA ESTADO

Ex-governador articularia para criar um novo partido, segundo informação publicada hoje no Blog do Josias, do UOL

As promessas de José Serra caso ele seja eleito prefeito de São Paulo já não são poucas. Notícia publicada na noite desta terça-feira indica que o ex-governador ainda não desistiu do sonho de ser presidente da República, mas que se for se candidatar de novo, o faria apenas após os quatro anos do mandato municipal na capital paulista. Na manhã de hoje, foi publicado no Blog do Josias, do portal UOL, que o tucano deixaria de ser tucano caso se tornasse prefeito em outubro. A revelação foi feita pelo atual prefeito, Gilberto Kassab, que também disse que Serra articularia para criar um novo partido. Leia na íntegra a coluna de Josias de Souza:

Em seus diálogos privados, Gilberto Kassab informa que, se for eleito para a prefeitura de São Paulo, o tucano José Serra vai romper com o PSDB e abandonar os quadros da legenda.

Na versão difundida por Kassab nos subterrâneos, Serra pretende articular a formação de um novo partido. A base dessa legenda seria o PSD. Ao partido presidido por Kassab seriam incorporadas outras agremiações.

Nesses diálogos travados a portas fechadas, Kassab repete algo que disse sob holofotes. Segundo ele, Serra não cogita disputar a Presidência da República em 2014. Planeja dedicar-se à prefeitura.

Em conversa com o blog, um dos ouvidos que escutaram Kassab juntou as duas pontas da argumentação e concluiu: não faz nexo. Indaga-se: por que Serra iria à nova legenda se não pretendesse ressuscitar o projeto presidencial que o PSDB lhe sonega?

A interlocutores petistas, Kassab adiciona outro dado. Afirma que, em São Paulo, sua aliança é com Serra, não com o PSDB. Diz não ter compromisso, por exemplo, com a reeleição do governador tucano Geraldo Alckmin.

Reitera que, no plano federal, nada muda. O seu PSD continuará atuando no Congresso como força auxiliar do governo Dilma Rousseff. Lamenta que tenha desandado a negociação que o levaria a apoiar Fernando Haddad na capital paulista.

Kassab atribui ao próprio PT o malogro da articulação. Recorda que, antes do Carnaval, aconselhara ao petismo que apressasse o fechamento do acordo. Rememora detalhes das conversas que manteve com Lula e Dilma Rousseff.

Dissera a ambos que, se Serra entrasse no jogo, não teria como se esquivar de apoiá-lo. Achava que, selado o acordo do PSD com o PT em torno da candidatura de Haddad, o amigo tucano não seria candidato hoje. A demora do petismo, diz ele, trouxe Serra à disputa.

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