A partida de Gabriella Nichimura reflete a grave crise financeira do parque, que deve R$ 800 milhões e foi comprado pela consultoria Íntegra, do empresário Nelson Bastos, por um valor simbólico; depois da tragédia, há futuro para o Hopi Hari?
O que não se comenta é que o Hopi Hari vive tem dono e vive também uma grave crise financeira, que talvez tenha se refletido na qualidade da manutenção dos equipamentos. Recentemente, o parque temático foi adquirido pela consultoria Íntegra, do empresário Nelson Bastos, ex-sócio da Gradiente. Ele pagou o valor simbólico de R$ 53,18 e assumiu dívidas de mais de R$ 800 milhões, que se propôs a renegociar com credores.
Notório reestruturador de empresas, Nelson Bastos já participou do saneamento de companhias como a Parmalat e a Agrenco. Mas em nenhum dos dois casos enfrentou uma crise como a do Hopi Hari, que agora envolve uma vida precocemente perdida. Qual será o futuro de um parque que não cuidava adequadamente de seus brinquedos e expunha crianças à risco de morte? Será que os pais voltarão a permitir que seus filhos visitem o Hopi Hari?
Histórico complicado
Aberto em 1999, o Hopi Hari acumula fracassos na área financeira. Aberto por investidores ligados ao grupo GP, o parque foi depois socorrido por fundos de pensão nacionais, que nunca conseguiram viabilizar o empreendimento. O faturamento projetado do plano de negócios, de R$ 200 milhões/ano, nunca foi alcançado. E quando as dívidas se tornaram insustentáveis, Nelson Bastos entrou em ação, fazendo uma compra simbólica, para tentar salvá-lo.
Ocorre que, agora, o peso de uma vida perdida pode ser mais forte do que a dívida de R$ 800 milhões.
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