Aposta é do jornalista Fernando
Rodrigues, que prevê também a entrega da Câmara e do Senado para os
peemedebistas, que comandariam as duas casas com Henrique Eduardo Alves e
Renan Calheiros
Enquanto Aécio
Neves e Eduardo Campos se movimentam como presidenciáveis, a presidente
Dilma Rousseff pode selar nesta terça sua chapa para 2014, repetindo a
aliança com o PMDB e com Michel Temer. Leia a análise de Fernando
Rodrigues, da Folha:
Partidos aliados devem reconfirmar aliança para 2014 em jantar amanhã
Henrique Alves e Renan Calheiros devem comandar Congresso em 2013
Amanhã (06.nov.2012) está programado um jantar no Palácio
da Alvorada entre as cúpulas do PT e do PMDB. A presidente Dilma
Rousseff será a anfitriã e também deve estar presente o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. O tradicional drive político da semana
traz a lista dos principais eventos nos próximos dias. O encontro desta
terça-feira deve produzir dois recados públicos principais.
Primeiro, o PT deixará claro que deseja manter a aliança
com o PMDB no plano nacional. Ou seja, repetir em 2014 a chapa Dilma
Rousseff, presidente, e Michel Temer, vice-presidente. Como se sabe,
Dilma é do PT. E Michel Temer, do PMDB.
Trata-se de um movimento importante na engenharia política
brasileira. Na prática, será o lançamento já da chapa Dilma-Temer para
2014. É uma tática simples: ocupar os espaços antes que outros o façam.
PT e PMDB querem debelar ao máximo os boatos sobre um
possível rompimento por causa do desempenho de outros partidos nas
eleições municipais. Em Brasília, a grande especulação é sobre o poder
emergente do PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Em tese, Campos poderia desejar –e parte do PT disposta a
ceder– uma troca na chapa presidencial de 2014. Sairia o PMDB (Michel
Temer) e entraria o PSB (com Eduardo Campos). O jantar de amanhã no
Alvorada tentará enterrar essa hipótese. Pelo menos, por ora.
CÂMARA E SENADO
O segundo recado importante do jantar de amanhã é mais imediato: a reafirmação do acordo entre PT e PMDB a respeito do comando das duas Casas do Congresso, cuja eleição será em 1º de fevereiro de 2013.
O segundo recado importante do jantar de amanhã é mais imediato: a reafirmação do acordo entre PT e PMDB a respeito do comando das duas Casas do Congresso, cuja eleição será em 1º de fevereiro de 2013.
Para os mortais comuns, não tem a menor importância quem é
o presidente da Câmara ou quem é o presidente do Senado. Aliás, poucos
brasileiros seriam capazes de dizer de bate pronto quem são os políticos
que ocupam esses cargos agora.
(Hoje, José Sarney, do PMDB-AP, é o presidente do Senado. E Marco Maia, deputado do PT gaúcho, é o presidente da Câmara).
Para os congressistas, esses cargos são relevantíssimos.
Por quê? Porque são os presidentes da Câmara e do Senado que determinam
as agendas de votação nas duas Casas. Definem se deixam ou não CPIs
andarem para a frente. Ou se podem prosperar por ali eventuais pedidos
de impeachment.
Dilma e o PT estão sendo pressionados pelo PMDB para que
declarem, já nesta semana, apoio aos nomes dos políticos que vão
comandar o Congresso no próximo biênio (os mandatos são de 2 anos).
A cúpula do PMDB que o apoio explícito de Dilma e do PT
para o deputado Henrique Alves, do PMDB do Rio Grande do Norte, que é
candidato a presidente da Câmara. E para Renan Calheiros, do PMDB de
Alagoas, para presidir o Senado…
Muita gente torce o nariz para esses nomes. Mas esses são
os políticos que o PMDB deseja eleger para comandar o Congresso… E o PT
terá de dar o apoio em nome da manutenção da aliança com os
peemedebistas.

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