Os suspiros do DEM

A
situação dos Democratas em Pernambuco não é tão diferente da que o
partido encara no resto do País: desidratado, tendo eleito apenas um
prefeito (Felipe Porto, em Canhotinho) em todo o Estado. Suas lideranças
começam a apontar alternativas para que o partido recupere terreno. O
deputado federal Augusto Coutinho, em entrevista esta semana ao programa
Ponto Final, colocou uma fusão com o PMDB como uma 'preferência
pessoal'.
Antes
das eleições, eventuais fusões já eram consideradas pelo partido,
principalmente após a cassação de Demóstenes Torres, que foi quase um
golpe de misericórdia no DEM. À época, outro grupo já cogitava se unir
com o PSDB, alternativa que ainda é defendida principalmente por alguns
democratas em São Paulo. Chegou a ser ventilada, ainda, uma aliança com o
PTB.
Com
apenas dois prefeitos eleitos nas capitais - João Alves, em, Aracaju, e
ACM Neto, em Salvador -, a almejada renovação do DEM vai ter que
esperar. O próprio ACM Neto assumirá uma cidade em crise e carrega as
iniciais do avô coronel, ao passo em que o único prefeito eleito pela
legenda em Pernambuco é sobrinho de Álvaro Porto, atual gestor de
Canhotinho.
O DEM
já mudou de nome numa sacada marqueteira, que camuflou as raízes
conservadoras do antigo PFL. Mas não mudou seus sobrenomes, seu DNA
político. Mudar os ares do partido, portanto, deve ser ainda mais
difícil.
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