Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores
vai realizar, em deezmbro, uma reunião para debater os rumos da legenda.
Assunto não vai faltar já que estãio na pauta uma análise das razões
que levaram a derrota do partido aós 12 anos comandando a Prefeitura do
Recife, a expulsão ou não do atual prefeito João da Costa dos quadros
petistas e a manutenção da aliança com o aliado histórico e agora quase
rival PSB
Sentar e fazer uma
análise sobre o procedimento do PT em relação ao PSB – se apoiam o
prefeito eleito Geraldo Júlio ou se adotam a posição de “independência”
no Recife –avaliar a situação do atual prefeito da capital pernambucana,
João da Costa (PT), que pode ser expulso do partido, e a derrota
sofrida pelo senador Humberto Costa nas eleições recifenses neste ano.
Daqui para frente, esses são os principais objetivos do Diretório
Estadual petista, que fará um planejamento, elaborando uma espécie de
agenda, para discutir estas questões “pendentes”.
Após o término das eleições em Ipojuca, na Região Metropolitana do
Recife, na qual terminou em quarto lugar, o presidente estadual do PT,
Pedro Eugênio, lidera o processo de tentativa de repactuação dentro da
legenda. Assim como o dirigente, outros dois correligionários defendem a
manutenção da aliança com o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, e são contra a expulsão do prefeito João da Costa do Partido dos
Trabalhadores: o secretário de Transportes do Estado, Isaltino
Nascimento, e o vereador Luiz Eustáquio.Por outro lado, o candidato derrotado no pleito deste ano, o senador Humberto Costa, da corrente Construindo Um Novo Brasil (CNB), ao lado do seu coordenador financeiro nesta campanha, Dilson Peixoto, e do vereador Jurandir Liberal, é a favor do rompimento com o PSB e da expulsão do prefeito. Juntos com eles estão o ex-chefe do Executivo municipal, João Paulo, da tendência Articulação de Esquerda, e os vereadores não reeleitos Josenildo Sinésio e Múcio Magalhães.
A discussão sobre a permanência do alinhamento entre petistas e socialistas ganhou corpo nesta eleição e os dois partidos vivem uma relação estremecida na capital pernambucana após o PSB ter lançado candidatura própria, cravando nos adversários o sentimento de “traição”, já que ambos os partidos são aliados históricos.
Perante a instável relação entre as siglas, dois nomes que têm trâmite em ambos os lados (PT e PSB) se dispuseram a intermediar as negociações. O primeiro, escalado por Eduardo Campos, foi o secretário estadual de Transportes, Isaltino Nascimento. O petista também foi líder do governo na Assembleia Legislativa (Alepe). O segundo foi o vice de Geraldo Júlio, Luciano Siqueira (PC do B), que também ocupou o mesmo cargo na gestão do ex-prefeito João Paulo (PT) – 2001 a 2009. Apesar das tentativas, até o momento não existe consenso sobre qual rumo tomar.
Outro fator que será foco de intensos debates entre os petistas é a situação do prefeito, João da Costa (PT), dentro da sigla, que não apoiou o senador Humberto Costa neste pleito e acabou sendo acusado por este de ter ficado ao lado do candidato socialista Geraldo Julio. O gestor teve sua candidatura impugnada pela Executiva Nacional em junho deste ano. Na época, membros da cúpula nacional argumentaram que o clima na legenda estava insustentável durante o processo de prévias disputado entre o atual gestor e o então deputado federal Maurício Rands, que obteve apoio do congressista e do seu vice nesta eleição, João Paulo, principal desafeto político de João da Costa.
Sendo assim, a Executiva decidiu apresentar um terceiro nome, o de Humberto Costa, para aumentar as chances de vitória da sigla nas eleições e estabelecer um consenso intrapartidário – algo que não aconteceu. Porém, o atual prefeito decidiu não apoiar abertamente o seu partido durante a campanha. Consequentemente, tanto o senador como o ex-prefeito desejam a saída de João da Costa do PT.
Além de discutir a relação com o PSB e a permanência ou não de João da Costa nas fileiras do partido, o PT também fará uma avaliação de todos os fatores que levaram a legenda a perder o comando da capital pernambucana após 12 anos no poder. EA reunião está marcada para o início de dezembro e pelo visto haverá muito o que debater.
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