Fazer política não é ser proprietário de votos e nem compra-los... é consegui-los.

EDITORIAL

Magno Dantas

A administração municipal de São Lourenço da Mata recapeou grande parte das ruas do Parque Capibaribe que já tem saneamento básico e suas ruas já eram calçadas. As razões? Simples: O parque Capibaribe detém 25% de todos os eleitores da cidade da copa, porém, com um perfil diferenciado dos demais habitantes, independência. 

A outra face da história é o pouco caso com que trata a coisa pública. Como  dizem alguns admiradores desta ineficiente gestão: "Política e feita de votos". Isso mostra a escola arcaica de onde vem os nossos gestores. O mais preocupante são os germes que eles ainda deixarão espalhados por São Lourenço da Mata.

Se nos aprofundarmos no assunto, vemos as distribuições de cestas básicas concorrendo com os empregos públicos no quesito... "Mamãe eu quero voto". Farta distribuições de verbas é o tópico. Os pronunciamentos de alguns vereadores é a mais pura verdade do que eu estou dizendo.

Ouvi com meus próprios ouvidos, Deputados dizerem que "estariam estudando com seriedade" a chegada do metrô em nossa cidade. Esqueceram-se os senhores deputados, inclusive o deputado Vinícius Labanca, de perguntar ao famoso empresário de ônibus de nossa cidade (e também deputado) se ele permitiria tal proeza. E ainda sou abordado com a seguinte frase: "Política e feita de votos". Interessante como eu ainda fico abismado com essas colocações vindas da base de apoio do prefeito Ettore Labanca. 

Sempre pensei que fazer política era fazer política de base... Política social... trabalhar para as classes menos favorecidas, procurando nas políticas de saúde pública, educação pública, segurança pública, saneamento básico, asfaltamento de ruas não asfaltadas o atendimento das necessidades dos nosso munícipes de  forma comprometida, responsável e coerente. 

Não vejo votos como artigo de exposição para ser apanhado numa prateleira de supermercado, sendo disputados as tapas, de forma pouco ética e desonesta. Já se foi o tempo de "cabrestar" o povo sob a ótica de suas necessidades básicas como a falta de emprego e a fome.    Fazer política não é ter votos como propriedade. Aliás, fazer política não é ter votos... é consegui-los.