Nesta semana, em uma rádio baiana, o governador de Pernambuco afirmou que Eliana honra as tradições do Judiciário, pela sua capacidade extraordinária de lutar para renovar as instituições e procurar sanear o Judiciário.
Crítica dos chamados "bandidos de toga", Calmon é também bastante polêmica. Advogados, juristas e magistrados vêm nela uma oportunista que sempre fez do Judiciário um trampolim para a política, buscando uma atuação mais midiática do que jurídica.
Heroína ou vilã, ela pode se tornar no PSB a ponte que o governador pernambucano precisava para trazer Barbosa para seu time – aliás, não custa lembrar que o presidente do STF já foi convidado pelo deputado Romário (PSB-RJ) para se filiar ao partido e disputar o Palácio Guanabara, em 2014.
O presidente da Corte nunca escondeu sua pretensão de disputar um cargo político e tem dado sinais de que o fará em breve, após sair vitorioso na AP 470, que levou para a prisão personagens de prestígio no PT como José Genoino e José Dirceu. A lei dá aos juízes um privilégio, retardando o prazo de filiação partidária. Ou seja, ele tem até março do ano que vem para tomar uma decisão.
Mas Campos tem pressa. Recentemente, Barbosa foi cortejado pelo também presidenciável Aécio Neves para ingressar no PSDB. Aécio conta com a interlocução do ex-ministro do STF Carlos Velloso e amigo de Barbosa.
Por outro lado, se o presidente do STF vier mesmo a abraçar um projeto político poderá desmoralizar completamente a Ação Penal 470. Afinal, quando será que Barbosa terá se transformado num político: após a aposentadoria ou durante o próprio julgamento?
Mas, para Campos e Aécio, conquistar a filiação do polêmico Barbosa pode ser apenas um passo a mais para tentar garantir um segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff.
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