AO MESTRE, COM CARINHO
Tens mesmo que partir
cavaleiro da Pedra do Reino?
Tens mesmo que seguir
essa mulher Caetana?
Então, não prometeste
dar a volta nessa cigana,
que de cordeiro se veste?
Ou segues numa procura
do passado inconteste
perdido na amargura?
Vejo-te montado na onça malhada
alada, como em tuas gravuras
erguendo alto a tua espada
Vejo-te de mãos dadas com a Compadecida
acenando em despedida pra tua amada
tua mulher vestida de sol.
Seremos, então, órfãos da tua alegria,
da tua bravura, da tua poesia.
Amélia de Morais
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