Paulo Emílio, Pernambuco 247 - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, que irá disputar o segundo turno contra a presidente a candidata à reeleição Dilma Rousseff, deverá abrir a campanha nesta nova fase pelo Estado de Pernambuco. Informações de bastidores dão conta de que assessores da campanha tucana já teriam entrado em contato com o alto escalão do PSB pernambucano, em especial o governador eleito Paulo Câmara, para articular o apoio da legenda à postulação tucana.
Neste momento eleitoral. Pernambuco tem uma importância estratégica de peso para o PSDB. Além de ter elegido o governador e o candidato ao Senado, o PSB também impôs uma derrota humilhante para o PT no Estado. Além de Câmara, o PSB também elegeu o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho para o Senado. Em ambos os casos, a vitória foi de virada. Câmara começou a campanha bem atrás do adversário Armando Monteiro Neto (PTB), que tinha o apoio do PT e da presidente Dilma e chegou a colocar mais de 20 pontos de vantagem sobre o socialista. A morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB) em um acidente aéreo, ocorrido em Santos (SP), em agosto mudou esta situação, e também se refletiu na disputa pela vaga do Senado.
Além disso. Pernambuco foi o único estado do Nordeste a presidente Dilma perdeu a eleição. Ali, ela ficou atrás da ex-senadora Marina Silva (PSB). Um outro ponto é que uma das principias vozes do PSB após a morte de Campos é a de Renata Campos, viúva do ex-governador. Nesta linha, Aécio mantém um bom canal de comunicação com a ex-primeira dama, a exemplo do que tinha com Campos. PSDB e PS também estiveram lado a lado na coligação que ajudou a eleger Paulo Câmara.
Além deste fatores que fazem o PSDB pender para abrir a campanha do segundo turno em Pernambuco, pelo menos um gesto concreto já foi realizado.O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o vice na chapa de Paulo Câmara, Raul Henry (PMDB), já anunciaram que irão apoiar a candidatura de Aécio imediatamente. Diante desta sinalização, a posição dentro do PSDB é de não perder a oportunidade que, em troca de uma deferência, pode resultar não apenas nos votos da legenda socialista em Pernambuco, mas nos milhões de votos que Marina – que abrigou sua candidatura no PSB e é bastante próxima de Renata Campos - obteve Brasil afora.
Por esta ótica, a cartada pernambucana visada pelo PSDB quer jogar já não soa como um blefe.
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