Pernambuco 247 - Ameaçados de expulsão por infidelidade partidária por não ter seguido as orientações do partido nas últimas eleições, um grupo de petistas pernambucanos decidiu se antecipar ao processo de expulsão e pedir a desfiliação da legenda. A maioria dos ex-petistas pertencem a tendência PT de Luta de Massas (PTLM), que apoiou a candidatura do governador eleito Paulo Câmara (PSB). Dentre os nomes de peso que pediram a sua desfiliação está o do dirigente do PTML e membro da Executiva Nacional, Gilson Guimarães. Ao todo, desconsiderando a desfiliação, outros 80 membros do PT respondem a processos de infidelidade no Estado.
"A gente vem de um histórico dentro do partido de descumprimento de regras, do código de ética. O que acontece é que percebemos isso e no processo que eles querem implantar dentro do partido, principalmente em relação a gente, é não identificar quais são os erros do partido que foi derrotado politicamente em 2012 e 2014. E aí com certeza eles vão usar um processo que não vai ser democrático, justo, para que a gente possa fazer nossa defesa", justificou Guimarães no momento da sua desfiliação. Segundo ele, pare dos dissidentes deverão migrar para o PSB, embora isso não deva acontecer de imediato.
Para presidente do PT no Recife, Oscar Barreto, o pedido de desfiliação foi algo precipitado, uma vez que não existiria nenhum processo encaminhado à instância partidária solicitando a expulsão dos petistas considerados infiéis pelo partido. Pelo rito interno do PT, os membros citados nos processos possuem até dez dias para apresentar a sua defesa.
Apesar da afirmação, uma comissão responsável por analisar os casos passíveis de enquadramento, que podem ir de advertência até a expulsão. Caso se confirme, a expulsão em massa será um marco no PT pernambucano, que não tem tradição neste tipo de processo. Em 34 anos de fundação, o PT estadual só registra dois casos de expulsão.
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