Paulo Emílio, Pernambuco 247 - O anúncio da nova equipe econômica feito nesta quinta-feira (27) pela presidente Dilma Rousseff, onde Joaquim Levy será o novo ministro da Fazenda, não agradou o PSB, que preferia ver o cargo ocupado por alguém com um maior distanciamento do mercado financeiro. "Ela [Dilma] escolheu a equipe e agora vamos esperar para avaliar os resultados. Mas a equipe que ela escolheu é de cunho liberal e, historicamente, o PSB não é favorável a esta política. O comando da economia foi para um cidadão que foi do governo de FHC [ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB)], e que poderia ter perfeitamente sido indicado por Aécio (senador pelo PSDB-MG) e candidato derrotado à Presidência da República", disse o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
Além de Joaquim Levy, a presidente Dilma anunciou que irá manter Alexandre Tombini à frente do Banco Central e Nelson Barbosa no comando do Ministério do Planejamento . Não vamos fazer pré-julgamentos. Esperamos que a nova equipe econômica consiga colocar ordem na economia. Até agora já aconteceu tudo que prevíamos, que a condução da política econômica não estava correta", disse Siqueira. Segundo ele, não há razão para acreditar em "mudança radical".
"Pelo perfil do novo ministro não acreditamos em mudança radical. Gostaríamos de estar enganados quanto a isso. Gostaríamos de ver mais mudanças, mas não liberais como tende a ser. Historicamente não acreditamos em políticas liberais. Mas vamos esperar para avaliar os resultados", completou Siqueira.
O PSB, que deixou a base governista em setembro do ano passado para lançar o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, falecido em agosto em um acidente aéreo durante a disputa presidencial – anunciou nesta quinta-feira que irá adotar uma postura de "independência propositiva" em relação ao Governo Federal, além de refutar a possibilidade de aceitar ocupar cargos no segundo mandato da presidente Dilma. Segundo Siqueira, o PSB também não irá se alinhar automaticamente com o PSDB na oposição ao governo
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