(Foto: Reprodução/Internet)

Da Folha de Pernambuco
Após romper a histórica aliança com o Governo do PT, o PSB articula a formação e um bloco com PPS, PV e Solidariedade (SD) para fortalecer o seu projeto partidário. A possibilidade foi discutida em café da manhã promovido pelo presidente nacional do SD, deputado Paulinho da Força, com os dirigentes das siglas aliadas.

O governador eleito Paulo Câmara PSB) também se reuniu com presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, para tomar conhecimento sobre a possibilidade da possível aliança. O acordo entre as legendas poderá se estender para as Assembleias Legislativas e câmaras de vereadores, além da formação de alianças para os projetos municipais das legendas.
O principal objetivo é fortalecer as legendas na conquista de espaços no Congresso Nacional em comissões legislativas, na Mesa Diretora e negociações. Juntas, as agremiações elegeram 67 parlamentares. O número é maior que a futura bancada o PMDB (66) e apenas três deputados federais a menos que o PT, dono da maior representação na Casa.
“Estamos discutindo com os partidos a formação de um bloco para nos fortalecer as disputas de comissão e espaços na Casa, mas não há decisão tomada. Há conversas, mas não há nada fechado”, avaliou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
A formação do grupo não deve resultar em um alinhamento automático nas votações dos partidos no Congresso Nacional. As legendas podem ter liberdade de votar e forma independente quando seus parlamentares julgarem necessário. “Formação e bloco não define atuação. Cada partido pode caminhar e forma independente, caso pense de forma diferente”, afirmou Siqueira.
FUSÃO
A possibilidade de fusão entre o PPS e PSB foi descarada temporariamente. O novo entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que dá justa causa apenas para desfiliação partidária e não a entrada de novos membros, atrapalhou o projeto de união das legendas.
“A formação de um bloco está sendo conversada entre todos os partidos e lideranças, não só com Paulo Câmara. A ideia da formação de um único partido foi adiada um pouco. Não é o momento para a fusão”, avaliou Roberto Freire.