Por Daniel Leite
A Secretaria de Educação do Recife esclareceu, por meio de nota divulgada nesta quinta-feira (4), que o comunicado emitido aos dirigentes e gestores da rede não teve caráter de censura. A mensagem citava o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município, que determina ser “vedado referir-se a autoridade ou atos da Administração Pública de modo depreciativo ou promover manifestação de apreço ou desapreço”.
De acordo com a nota, a secretaria reconhece que “o texto do Estatuto poderia dar margem a outro tipo de interpretação”. Mas garante que não tinha intenção de impedir o direito dos servidores de expressarem suas ideias e opiniões. “O objetivo foi tão somente atender à demanda de gestores escolares, que, relatando episódios de desrespeito e ofensas pessoais por parte de profissionais lotados em suas unidades, solicitaram um respaldo da Secretaria de Educação do Recife”, informou.
Para a diretora do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), Cláudia Ribeiro, a mensagem emitida é uma forma de instaurar “a lei da mordaça”. Ela garantiu enviar à prefeitura um ofício pedindo explicações. A deputada Teresa Leitão (PT) também se pronunciou sobre o assunto. Para ela, o comunicado “guarda resquícios da ditadura”.

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