Jornalista Tereza Cruvinel relembra frase de Tancredo, de que "governo e oposição, acima dos seus objetivos políticos, têm deveres inalienáveis com nosso povo", e afirma que partido de Aécio Neves, neto do ex-presidente, tem praticado apenas "gestos inúteis" depois das eleições, como a ação em que pede a posse do tucano e a cassação de Dilma, o pedido de auditoria das urnas, o apoio a manifestações por impeachment, o movimento contra o novo superávit e "a obsessão por encontrar fios desencapados que levem a Lula ou Dilma nas investigações sobre a Petrobrás"; "Mas se ficar só nisso, e no voto contra tudo no plenário, continuará devendo ao país, e especialmente a seus eleitores, um gesto de maturidade e grandeza que ainda não fez depois do segundo turno eleitoral", destaca a colunista do 247
Em política, todo gesto inútil é um erro, já dizia um sábio político das antigas. Isso vale para todas as atitudes pueris que a oposição já adotou desde que, como criança que já levava o doce à boca, perdeu a eleição presidencial pela menor diferença desde a chegada do PT ao governo: 3,5 milhões de votos. Foi a menor mas não foi insignificante, como disse o PSDB na ação contra a diplomação de Dilma/Michel, pedindo a posse de Aécio Neves/Aloysio Nunes. Outros gestos inúteis foram o pedido de auditoria na apuração, a insuflação aos movimentos pró-impeachment, a guerra para evitar a aprovação do projeto que flexibilizou o cálculo do superávit primário, esta última ação junto ao TSE, com argumentos que chegam a ser ridículos, e a obsessão por encontrar fios desencapados que levem a Lula ou Dilma nas investigações sobre a Petrobrás.
A colunista pergunta, em seguida, se os líderes não estariam, com essas atitudes, "interpretando equivocadamente o voto de confiança que receberam e fazendo o próprio jogo, numa parceria preferencial com a mídia e não com sua base social?". Se ficar "só nisso", ressalta Tereza, "e no voto contra tudo no plenário, continuará devendo ao país, e especialmente a seus eleitores, um gesto de maturidade e grandeza que ainda não fez depois do segundo turno eleitoral".
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