Reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste estão com menos de 32% da capacidade. Expectativa é de que, no período seco, de maio a outubro, haja interrupções pontuais no fornecimento de energia, apesar da queda de consumo
Apesar de o governo apostar todas as fichas em São Pedro, choveu abaixo das médias históricas durante todo o período úmido. Em janeiro e fevereiro, os índices ficaram em 38,04% e 59,08%, respectivamente, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em março, houve uma ligeira melhora, mas mesmo assim choveu apenas 78,22% da média histórica para o mês. Para alguns especialistas, isso significa que há possibilidade real de as reservas chegarem a novembro com menos de 10% de água, percentual mínimo para garantir a confiabilidade do sistema. Isso empurrou para o fim do ano ou para 2016 o fantasma do racionamento.
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Outros analistas do setor elétrico, no entanto, são mais pessimistas e asseguram que o país já está vivendo um racionamento, ainda que velado e homeopático, com a indução à redução do consumo pela fraqueza da atividade econômica ou pelo tarifaço na conta de luz. A inflação da energia bateu 60,4% em 12 meses fechados em março ante um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 8,13% no período, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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