Após 1 mês, polícia e Aeronáutica concluem que não houve soltura da pá. Investigadores ouviram dez pessoas; filho de Alckmin morreu na queda.

Investigadores da Polícia Civil e da Aeronáutica ouvidos pelo G1 dizem ter concluído preliminarmente que houve quebra das pás no helicóptero que caiu em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Inicialmente, especialistas em aviação apontaram a possibilidade de elas terem se soltado do rotor após analisarem filmagem da queda em 2 de abril (veja acima vídeo feito com imagens antigas e recentes do local atingido pelos destroços)
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O helicóptero que caiu matou cinco pessoas, incluindo o filho caçula do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), completa um mês no sábado (2).
Na próxima quarta-feira (6), a Polícia Civil deverá pedir à Justiça a prorrogação do prazo para concluir a investigação que apura se a queda do helicóptero que deixou cinco mortos foi acidental ou intencional. Procurada, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que a apuração está na fase de coleta de dados e por isso não poderia se pronunciar oficialmente sobre o que foi encontrado.
A equipe de reportagem apurou que a perícia quer saber agora o que quebrou essas pás. Motor, rotor principal, as cinco pás quebradas e parte dos destroços encontrados estão sendo montados no Campo de Marte, na capital paulista, para tentar reconstruir parte do helicóptero. A análise desses objetos poderá dar pistas das possíveis causas da queda da aeronave.
Nesta semana, o G1 acompanhou a visita de representantes da Aeronáutica, da polícia e do Escritório de investigação e Análise da aviação civil francesa (BEA) à casa atingida pelo rotor do helicóptero. Proprietário do imóvel, o engenheiro Ricardo Fuchs afirma que os pinos de sustentação das cinco pás continuavam intactos após a queda (veja foto acima).
“Achei um pedaço da pá que estava trincado, quebrado”, disse ele. “Mas vi no rotor que prendia as pás que todo sistema de articulação estava intacto, ou seja: as pás não se soltaram como disseram antes, elas, na verdade, se quebraram”.
Hipótese para queda
De acordo com a investigação, a quebra de ao menos uma das pás já seria capaz de desestabilizar o helicóptero de fabricação francesa, danificando as outras pás, gerando instabilidade e perda de sustentação no ar. Essa é uma das hipóteses apuradas para tentar explicar a queda da aeronave sobre duas casas do Condomínio Fazendinha, em Carapicuíba.
De acordo com a investigação, a quebra de ao menos uma das pás já seria capaz de desestabilizar o helicóptero de fabricação francesa, danificando as outras pás, gerando instabilidade e perda de sustentação no ar. Essa é uma das hipóteses apuradas para tentar explicar a queda da aeronave sobre duas casas do Condomínio Fazendinha, em Carapicuíba.
Como o caso corre sob segredo de Justiça, policiais civis, peritos da Superintendência da Polícia Técnico-Científica, e militares da Força Aérea Brasileira (FAB) que participam da investigação foram ouvidos sob a condição de que seus nomes não fossem divulgados.
De acordo com eles, uma das pás pode ter se quebrado devido à vibração. Duas pás teriam sido danificadas por essa situação. Cada pá é feita para suportar uma certa trepidação, mas se alguma peça for colocada de forma inadequada existe o risco de que a aceleração cause fissura no componente.
Entre as possibilidades avaliadas estão: erro de manutenção, falha do material usado ou batida em pássaro.
Entre as possibilidades avaliadas estão: erro de manutenção, falha do material usado ou batida em pássaro.
Além das análises técnicas da perícia, o que corrobora a tese de quebra das pás e não de soltura delas são depoimentos de testemunhas que viram a queda do helicóptero. Ao menos duas pessoas disseram aos policiais do 1º Distrito Policial (DP) de Carapicuíba e aos técnicos do Seripa ter visto as pás quebradas.
O auxiliar Odair Rodrigues Condé disse à investigação e ao SPTV ter presenciado os últimos instantes do helicóptero, antes dela cair. "A hélice saiu e bateu na lateral dele. Aí ele começou a girar no ar alto, girar, girar, girar, e caiu lá embaixo. Eu e eu vi a pá dele caindo aqui embaixo também, beirando a cerca", afirmou.
O engenheiro Ricardo Fuchs, que viu a aeronave cair no seu quintal e o rotor dela atravessar o telhado e parar no banheiro, falou ao G1 o que contou à polícia sobre a quebra das pás e como escapou de ser atingido pelo helicóptero. "Vi o aparelho caindo, dei cinco passos e o chão tremeu, como terremoto. Ainda fui perto para ver se alguém estava vivo. O rotor que caiu no banheiro mostrou que as pás da hélice foram quebradas".
O auxiliar Odair Rodrigues Condé disse à investigação e ao SPTV ter presenciado os últimos instantes do helicóptero, antes dela cair. "A hélice saiu e bateu na lateral dele. Aí ele começou a girar no ar alto, girar, girar, girar, e caiu lá embaixo. Eu e eu vi a pá dele caindo aqui embaixo também, beirando a cerca", afirmou.
O engenheiro Ricardo Fuchs, que viu a aeronave cair no seu quintal e o rotor dela atravessar o telhado e parar no banheiro, falou ao G1 o que contou à polícia sobre a quebra das pás e como escapou de ser atingido pelo helicóptero. "Vi o aparelho caindo, dei cinco passos e o chão tremeu, como terremoto. Ainda fui perto para ver se alguém estava vivo. O rotor que caiu no banheiro mostrou que as pás da hélice foram quebradas".
Polícia e Aeronáutica já ouviram os depoimentos de mais de dez pessoas. São e serão ouvidas testemunhas que viram a queda da aeronave, representantes da Seripatri Participações, dona do helicóptero, da Helipark, responsável pela manutenção da aeronave, e da Helibrás, que fez a manutenção das pás das hélices.
O Instituto de Criminalística (IC) ainda fez um mapeamento áreo da queda. Imagens de câmeras de segurança que mostram um objeto, semelhante a uma pá, se desprender do helicóptero antes da queda, também estão sendo analisadas.
O Instituto de Criminalística (IC) ainda fez um mapeamento áreo da queda. Imagens de câmeras de segurança que mostram um objeto, semelhante a uma pá, se desprender do helicóptero antes da queda, também estão sendo analisadas.
Queda
O helicóptero modelo EC 155 B1, fabricado pela Eurocopter France, prefixo PPLLS, pertencia à Seripatri Participações, empresa de investimentos de José Seripieri Jr., fundador da Qualicorp, que administra planos de saúde coletivos.
O piloto Carlos Gonçalves, e o mecânico Paulo Moraes eram da Seripatri. Erick Martinho e Leandro Souza eram mecânicos da Helipark. Thomaz Alckmin teria sido convidado pelo piloto para participar do voo teste para balanceamento da aeronave.
O helicóptero havia passado por manutenção preventiva na Helipark, que fica a cerca de 2 quilômetros do local da queda, e de onde o aparelho decolou às 17h02. Seis minutos depois, a aeronave caiu.
O helicóptero modelo EC 155 B1, fabricado pela Eurocopter France, prefixo PPLLS, pertencia à Seripatri Participações, empresa de investimentos de José Seripieri Jr., fundador da Qualicorp, que administra planos de saúde coletivos.
O piloto Carlos Gonçalves, e o mecânico Paulo Moraes eram da Seripatri. Erick Martinho e Leandro Souza eram mecânicos da Helipark. Thomaz Alckmin teria sido convidado pelo piloto para participar do voo teste para balanceamento da aeronave.
O helicóptero havia passado por manutenção preventiva na Helipark, que fica a cerca de 2 quilômetros do local da queda, e de onde o aparelho decolou às 17h02. Seis minutos depois, a aeronave caiu.
G1
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