Líderes de partidos do governo e da oposição avaliam entrevista de Marco Aurélio Mello, publicada ontem no Correio
O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) avaliou que as declarações refletem a preocupação de um cidadão com a atual situação do Brasil. “Concordo quando ele diz que a presidente está isolada e abandonada. Na medida em que ela se entrega ao mercado para fazer política econômica também entrega o comando da articulação política ao PMDB. É evidente que Dilma está isolada e não governa.”
Ele concorda com o ministro quando diz que não tinha como a presidente não saber do que acontecia na petrobras. “Não é possível que o Lula e ela não sabiam. O Lula usou e abusou. Usou recursos para campanhas nababescas. Nunca se viu uma máquina partidária como o PT no Brasil. Tudo isso a serviço de Lula, Dilma e do PT”, ressaltou.
O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), salientou que o próprio Poder Judiciário, por meio do ministro Marco Aurélio, reconhece a situação de insustentabilidade da presidente Dilma. “Eu também concordo que o PT boicota o governo. As últimas votações no Senado mostram que o partido dela não tem mais compromisso com a sustentabilidade do seu governo”, avaliou.
O deputado Sibá Machado (AC), líder do PT na Câmara, minimiza as declarações de Marco Aurélio. Para ele, não existe um abandono da presidente. “O que falta é um maior diálogo entre Dilma e o partido. A relação com o PT é exatamente a mesma de quando ela assumiu pela primeira vez. O problema é que as pessoas sempre comparam com Lula. Ele é mais carinhoso, são pessoas diferentes”, afirma. O petista atesta que a presidente não tinha conhecimento do esquema criminoso na Petrobras. “Pelo o que eu conheço de Dilma, esse cara (Paulo Roberto Costa) não tinha ficado um dia com ela. Ela é muito dura com isso. Não tem tolerância. A pessoa pode até desconfiar de alguma coisa, mas para ter uma certeza é diferente”, declara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário