quinta-feira, 2 de julho de 2015

EDITORIAL: QUANDO A AMOR SE VAI... BY BY LABANCA.


EDITORIAL

Para os eternos admiradores do prefeito Ettore Labanca será uma despedida melancólica e apaixonada. Para os que não acordam com as ações pouco ortodoxas do futuro ex-prefeito é o começo da definitiva derrocada da família Labanca no poder que já se estende há décadas nas cercanias da cidade da copa.

A saída antecipada de Labanca trás a baia novos e instigantes nomes para a liderança do executivo e reacende a briga pela possibilidade de se ter uma renovação nos quadros políticos e de lideranças no legislativo.

Convocado a assumir a ARPE, agencia reguladora do Estado de Pernambuco, Labanca abandona seus mais de 29 mil votos em nome de um cargo no segundo escalão e diz que não será articulador de nada. Há quem acredite nele ou não, o que absolutamente é aceitável visto a relação de amor e ódio que sempre nutriu com seus eleitores e adversários.

Com mais de 70 anos Ettore Labanca dificilmente retornará a administração de sua cidade, no entanto deixa seguidores de peso sem os quais não conseguiria manter suas raízes políticas. Angelo Albanez ou Gino é a mais fiel transcrição da "fidelidade personificada", perdendo em confiabilidade apenas para seu herdeiro legítimo, deputado Vinícius Labanca. Porém há de se pensar que o vice prefeito Gino também é um ser político por essência e que não perderá a oportunidade de se fazer membro da história do município, ainda podendo ser reconduzido ao executivo em 2016.

Labanca deixa o governo municipal no momento em que  sua administração passa por um dos momentos de maiores críticas vindas de setores como a imprensa livre e a sociedade civil organizada, até por que no Legislativo o único vereador que se coloca como oposição tem figura de pouca objetividade política junto até mesmo a seus eleitores.

Com dezenas de denúncias povoando o Ministério Público da cidade, sabe-se que dois processos já foram instaurados para apuração do calçamento da Rua Frei Caneca e um possível superfaturamento na construção de quadra de areia onde foram gastos 450 mil reais, entre mais de 50 denúncias.

No Legislativo, onde seu apoio é de praticamente 100%, também existem denuncias graves de nepotismo e sérias ações sobre o fato de nunca se ter realizado concurso público, razão inclusive de multas aplicadas a seu antigo gestor e também fiel escudeiro.


O fato é que assim como seu antecessor, Labanca deixa o poder antecipadamente e desta forma alegra a muitos, entristece a outros tantos mas vitamina a eleição de 2016 com uma eufórica esperança para os seguidores dos três candidatos de mais força, (Gino Albanez (PSB), Bruno Pereira (PHS) e Beto do ESPAM(PSDB)) que em seus pensamentos praticamente já estariam eleitos. Como a cadeira é “UNA” muita água ainda vai rolar por baixo desta ponte. 

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