domingo, 30 de agosto de 2015

Youssef reafirma que não passou dinheiro para campanha de Dilma

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O doleiro Alberto Youssef reiterou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na terça-feira, dia 25/8, que não fez repasses de recursos ao ex-ministro da Casa Civil Antônio Palocci e à campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff, mas afirmou que outro colaborador da operação Lava-Jato esclarecerá essa questão.


Já o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa confirmou, durante a acareação com Youssef na CPI da Câmara, depoimentos feitos anteriormente, segundo os quais, Palocci, que era coordenador da campanha eleitoral de Dilma em 2010, pediu dinheiro para a campanha, que teria sido disponibilizado por Youssef.

Em depoimento à CPI, o doleiro negou ter recebido o pedido e disse não conhecer Palocci.
“Eu não conheço Palocci, nem assessor dele, nem o irmão dele e não fiz o repasse. Mas existe outro réu colaborador que está falando. Há uma investigação em relação ao Palocci e em breve vocês vão saber quem repassou os recursos”, afirmou Youssef, segundo Agência Câmara.

Em outro momento da sessão da CPI, Costa disse que, pelo que se lembra, pediu para Youssef fazer esse pagamento a Palocci. “E foi recebido, porque quando não tinha nenhum pedido é porque aquilo foi recebido… na minha lembrança foi feito pedido pelo ministro Palocci”, disse Costa.

Durante a acareação, Youssef reafirmou que, na sua percepção, o Palácio do Planalto tinha conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras e que chegou a essa conclusão porque, segundo ele, Paulo Roberto Costa mencionava que tinha de falar com o Planalto quando havia problemas.

O doleiro também declarou aos parlamentares que o senador Aécio Neves (PSDB/MG) recebeu dinheiro de um suposto esquema de corrupção envolvendo Furnas, subsidiária da estatal Eletrobras.
“Eu confirmo (que Aécio recebeu dinheiro de corrupção em Furnas) por conta do que eu escutava do deputado José Janene (falecido), que era meu compadre e eu era operador dele”, disse o doleiro, acrescentando depois não ter tido qualquer contato pessoal com Aécio.

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