segunda-feira, 21 de setembro de 2015

DECEPÇÕES POLÍTICAS Por Marco ALBANEZ*


“Povo e Governo” (povo + governo) é o que deveria significar, de verdade, uma legítima democracia – que temcomo berço a cidade de Atenas (Grécia Antiga) –, mas, embora exercida na maioria dos países, no Brasil ela é um “montão” de diferenças em relação à sua origem.


               Quisera, mas não sou “analista”, “pesquisador”, “cientista” ou expert no assunto. Todavia, procuro compensar a ausência desses atributos com leitura. Muita leitura: dois jornais diários (Jornal do Commércio e Folha de S. Paulo, telejornais, e, pelo menos, uma revista semanal, além de estar sempre em busca de assuntos que me interessam). No caso do nosso país, diria que ela é “periódica”, pois sempre foi norteada pelo desequilíbrio dos poderes, pelo enfraquecimento das instituições republicanas e continua sendo “massacrada” não apenas por esses dois “princípios” e muito menos pelo liberalismo acintoso, cínico, demagogo e “surrealista”, mas sobretudo pela existência de fatos e acontecimentos raivosos, deprimentes, imorais, ilegais, violentos...que destroem a nossa crença.

             Não existe muita, média ou pouca democracia como regime. Partindo dessa premissa, a plenitude do seu significado seria “chancelada”, e não simbolizada, com o pleno exercício de umgoverno do povo e para o povo. Mas, lamentável e infelizmente, não é essa a democracia que temos no Brasil – “berço esplêndido” de golpes militares, governo central inoperante, irresponsável, mentiroso e corrupto, sem falar na maioria dos governantes estaduais e municipais.

              “Me pergunto-me a mim” às vezes: será que democracia é violência? Movimentos de desordeiros e foras da lei como milícias, bandidos engravatados, MST e o “diabo a quatro”?Autoridades hipócritas? Educação pública de baixo nível? Iniciativas públicas impregnadas de vieses ideológicos alheios à índole e à moral cristã do nosso povo? A malversação criminosa de recursos públicos que compromete o desenvolvimento e o bem estar social da população? Ou é a impunidade que estimula a corrupção e a compra de consciências diante da conivência e do interesse dos poderes constituídos?
Não, não estou escrevendo um poema. Além do que já disse, estou falando, também, de um sistema público de saúde falido e corrompido, no qual não há remédios, leitos hospitalares, médicos e comparando-o a um dos mais atrasados e desumanos do planeta. (Muito embora “as compras” mensais de medicamentos tenham valores surrealistas.)

                Por outro lado, não há como deixar de citar a importância da união em torno de ideais convergentes, subordinados à ética, à moral e ao amor incondicional ao Brasil tão urgente, como necessária. Em palavras mais simples e diretas, é important mais do que nunca, que cada cidadão tenha o dever cívico de defender os valores liberais, justos, honestos e humanitários, a fim de que se possa dar novo rumo, nova motivação euma outra forma à nacionalidade brasileira e ao nosso sentido de viver. A propósito, as próximas eleições municipais serão, por conseguinte, um momento oportuno para iniciar o processo de conscientização e de reação nacional contra as mazelas que corroem, corrompem e comprometem o futuro das novas e futuras gerações. Será uma forma de cada cidadão contribuir decisivamente para a reversão do atual quadro político e do rumo traçado pelas forças endógenas e exógenas que, no momento, dominam e conduzem as nossas vidas ao fundo do poço. Pior: à miserabilidade.

                 A propósito, li um texto publicado pelo Blog Várzea Paulista que sintetiza exatamente o meu pensamento a respeito das decepções políticas que são triviais – no “pior” dos sentidos – nas hostes políticas, principalmente no poder executivo: “Acompanhando com visão critica a nossa política,observamos que a política nunca foi um mar de rosas e nunca foi pautada pela clareza, honestidade, honradez, caráter, enfim, tudo o que é necessário como requisito para uma boa política.” Mais: “Se vê no legislativo o mesmo ambiente muito complexo para se compreender, cheio de traições, de falsidade, de mentiras, de puxada de tapetes, de enrolação, de enganação, de conchavos.”

               Dizem os políticos tradicionais – e profissionais – que você vale pelo dinheiro que tem para ajudar na campanha, pelo que possa fazer ao projeto político do candidato ou pela capacidade de enganar, e também pelo seu voto. Esses, para eles, são alguns dos critérios que reforçam as vitórias – e é a partir deles que são feitos os pedidos e são pagos os “favores”.

              Costuma-se dizer que os melhores humoristas que existem no nosso país são os políticos, com raríssimas exceções e, pensando bem, raríssimas mesmo.Mas o que vem acontecendo ultimamente tem extrapolado o bom senso e a própria boa fé do cidadão comum. Enfim, em palavras chulas, os governantes (alô PT, estou falando mais especificamente da “chefona” e dos seus quase 40 ministérios, que acomodam vários salafrários) têm transformado o Brasil num “Cabaré” de quinta categoria e levando o seu povo a decepções e mais decepções. E o mais interessante é que, diante desse quadro, os políticos são os humoristas, mas os palhaços, ao que parece, somos nós. E temos sido mesmo.

             Finalmente, ele não foi político, mas um grande físico alemão, radicado nos Estados Unidos, e que desenvolveu a Teoria da Relatividade – um dos dois pilares da física moderna. E “muito menos” por não ser político, o mestreAlbert Einstein “patenteou” um tipo de chute nos testículos dos políticos bandidos e mandou um “lembrete” ao eleitor sobre como “se comportar” numa eleição:

“A personalidade criadora deve pensar e julgar por si mesma, porque o progresso moral da sociedade depende exclusivamente da sua independência.”

*Marco ALBANEZ

É advogado (OAB-PE nº 7.658) e jornalista (AIP nº 2.163 e DRT/PE nº 3.271)

7 comentários:

  1. Prezado Marco

    Certamente vivemos redondamente enganados achando que vivemos em um país democrático, na verdade vivemos um regime cleptocrata, onde somos governados por larápios, que facilmente são entrados na esfera executiva, legislativa e judiciária. Anselmo Gouveia.

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  2. Bom, como de hábito !
    Vamos baixar o cacête prá ver se estes porras tomam jeito.

    Abraços,

    Fernando

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  3. Não retiro uma palavra do que escreveu, pois o insano é aquele que vê e diz não acreditar. Seus artigos contagiam e leva-nos a viver a situação como se fôssemos idiotas e sem coragem de reagir. Nunca duvidei da sua capacidade e da sua coragem, a qual já era patenteada desde quando estudávamos no Ginásio Pernambucano. Valeu, Marco. Um dia nos veremos por aí.

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  4. A exemplo de mim, outras pessoas que não estão no "seu time" deveriam admitir: seus artigos espelham a realidade!!! São bem escritos!!! Fácil de entendê-los!!! Parabéns.

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  5. Você não é metido a sabidão???? E por que não escreve sobre Gino o prefeito fajuta de São Lourenço que é seu irmão????? Porque a roubalheira é grande ou porque tá brigado com ele de mentirinha????

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  6. Que exemplo este Jornalista e Advogado tem a dar,suas historia democrata é muito bem escrita com acusação de corrupção noutros governos,é um cínico,quando diz que o gov.federal é antro de corrupção.pois todo seu grupo estava dentro até agosto de 2014,saindo após investigação da policia federal na gestão da Destilaria.Pra ele e o irmão eu indico conversar com Cariri e Lucia Cabral.

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  7. Realmente o governo não é corrupto então processe Marcos Albanez que não tem papa na língua.Esse palmares nem sabe o que tá dizendo mas a sua companheira tem muito a dizer sobre ele!!!

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