quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

HERANÇA MALDITA: HOSPITAIS EM PERNAMBUCO EM ESTADO DE COMA.

Segundo o presidente do Conselho, a situação é precária e requer medidas emergenciais do Governo


Situação em hospitais é precária e requer medidas emergenciais, diz Cremepe














O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) apresentou, na manhã desta quarta-feira (13), a divulgação do resultado de um trabalho de fiscalização que foi realizado, nas últimas sexta (8), segunda (11) e terça (12), nos principais hospitais públicos da Região Metropolitana do Recife. Segundo o presidente do Cremepe, Sílvio Rodrigues, a situação é precária e requer medidas emergenciais do Governo para minimizar o sofrimento dos pacientes.

Os sete hospitais vistoriados foram o Dom Hélder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho; Barão de Lucena, no bairro da Iputinga; Restauração, no bairro do Derby; Getúlio Vargas, no Cordeiro; Otávio de Freitas, no bairro de Tejipió; Pelópidas Silveira, no Curado, além do Hospital das Clínicas, na Cidade Universitária. O objetivo era flagrar a superlotação nas unidades de saúde, leitos fechados, déficit de profissionais e insumos.
Segundo o presidente do Cremepe, em relação a superlotação, o Otávio de Freitas é a unidade que está mais sobrecarregada. Segundo ele, há muitas pessoas sendo atendidas no corredor e nas escadas. De acordo com Sílvio, não existe capacidade do médico conduzir e evoluir os pacientes na unidade de saúde e, por isso, o Conselho pretende pedir a interdição ética do local.
Ainda segundo o presidente do Cremepe, na RMR, leitos de UTI de especialidades como ortopedia, traumatologia, neurocirurgia, clínica médica e cardiologia, além de enfermarias, foram fechados nos sete hospitais. O principal motivo apresentado pela direção das unidades seria o alto custo financeiro. Durante a divulgação do resultado, que foi realizada às 9h, na sede do Cremepe, no bairro do Espinheiro, na Zona Norte do Recife, foram exibidas fotos dos flagrantes encontrados na rede pública.
De acordo com Sílvio Rodrigues, o papel do Cremepe é tentar resgatar para a sociedade o número de leitos que foram fechados durante esse processo e, principalmente, nos últimos seis meses. O objetivo do Cremepe, agora, é levar um documento ao Governo de Pernambuco pedindo a priorização da saúde e uma audiência para apresentar o material e solicitar uma adequação das unidades.
Ainda segundo o Cremepe, a saúde deve ser priorizada e o problema do déficit financeiro não pode atingir o setor. "Existe crise, mas não pode existir dentro da saúde. Dá pra economizar com energia, gastos com insumos, mas nunca a diminuição de leitos, enfermarias e procedimentos", comentou Sílvio Rodrigues. Em relação aos hospitais regionais, o Cremepe informou que ainda não há um balanço. Já em relação aos números, Sílvio Rodrigues informou que durante a tarde desta quarta o material será divulgado.

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