quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Oposição sobre João Campos: “Quem indica é o governador, quem pode avaliar é o governador e a sociedade tem feito sua reflexão”


Foi por meio de nota, ontem, que o Governo do Estado anunciou que o novo chefe de gabinete do governador Paulo Câmara será João Henrique de Andrade Lima Campos, herdeiro do ex-governador Eduardo Campos. Se a notícia gerou grande repercussão, entre elogios e muitas críticas nas redes sociais, não desencadeou reação oficial da oposição. E nem vai desencadear. 

A bancada oposicionista decidiu que não fará “cavalo de batalha” e adotou o seguinte discurso: “Quem indica é o governador, quem pode avaliar é o governador e a sociedade tem feito sua reflexão”. Entenderam que a indicação por si só gera risco de desgaste precoce para João, que já nutria planos de disputar vaga na Câmara Federal com chances elevadas de ser homenageado nas urnas. Nas coxias, corria, ontem, a interrogação se a indicação fora positiva ou se equivalia à exposição antecipada do jovem de 22 anos. João passou à condição de vidraça e a oposição dispensou engrossar o coro contrário, temendo também ser acusada de “pegar carona” no que já se condenava na redes.


João Campos vinha adiantando as cadeiras na UFPE há algum tempo. Em novembro, relatara estar pagando nove de uma vez só. Concluiu o curso. Falta apenas entregar o trabalho de conclusão. No Governo do Estado, um secretário admite que ele “sabia que teria participação importante”.

O risco foi calculado pelo governo. “Ele vai demonstrar, na prática, o acerto e a qualidade do quadro que está se incorporando ao governo e o valor dele. Ele vai provar isso”, assegura um interlocutor do Palácio, lembrando que Eduardo também tinha 22, quando foi chefe de gabinete de Miguel Arraes.

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