terça-feira, 24 de maio de 2016

Com a perda de segundo general em 18 dias, agenda de Temer perderá velocidade no Congresso

gatopreto


 A agenda Temer perderá velocidade no Congresso com a saída de Romero Jucá, segundo general do PMDB a tombar em apenas 18 dias. Sem ele e sem Eduardo Cunha, dois dos principais operadores do presidente interino no Legislativo, ficará mais difícil aprovar uma pauta econômica ambiciosa. Em conversas reservadas com aliados de sua confiança, o próprio ex-ministro do Planejamento reconheceu que, uma vez fora da Esplanada, terá menos poder para influenciar votações polêmicas.

Amigos não gostaram de ver Jucá rifado pelo Planalto logo na primeira tempestade. E alertam: deixar o aliado no sereno não parece uma boa estratégia para quem quer ver o impeachment definido no Senado.
Enquanto Jucá ardia na fogueira da crise, um importante banqueiro vaticinava: “A lua de mel acabou”.
O mercado financeiro, fã de previsibilidade, está roendo as unhas. Vê Sérgio Machado como o homem-bomba do PMDB. Teme que ele implique Renan Calheiros e elimine mais um alto oficial do QG peemedebista.
Com a exoneração, Henrique Meirelles assume sozinho o papel de fiador do governo interino.
O fator Lava Jato na nomeação de Romero Jucá estava contratado. Só não se sabia que seria tão rápido.
José Serra era o nome mais citado no governo como potencial titular do Planejamento. Um ministro de Temer, no entanto, descartou no ato a alternativa.
Jucá relatou a amigos que, no fatídico dia da gravação, Sérgio Machado bateu à porta de sua casa num sábado, às 7h30 da manhã, sem avisar. Mas não desconfiou de nada.

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