Assessor da PF informou que órgão está munido de vários documentos que podem levar a novos nomes (Foto: Úrsula Freire/Folha de Pernambuco)
O chefe de comunicação social da PF em Pernambuco, Giovani Sartoro, disse, nesta quarta-feira (22), que novas fases da Operação Turbulência – que investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria servido como caixa dois para a reeleição de Campos – não serão descartadas. Ele relatou que a investigação não pode estar concluída diante das muitas documentações apreendidas.
“A gente apreendeu muito documento. Inclusive documentos fiscais, de altos valores, de transferência eletrônica de dinheiro. Muitos nomes devem aparecer nessa investigação, inclusive de políticos. Por isso a gente considera que essa investigação não está concluída. Surgindo esses nomes, esses novos nomes, durante a análise de toda a documentação, não está descartada essa nova fase da operação com novos mandados de apreensão e mandados de prisão, tanto de pessoas pública quanto de pessoas comuns”, relatou.

Na terça (22), a Polícia Federal cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, 24 mandados de condução coercitiva e expediu cinco mandados de prisão preventiva, sendo o pedido de prisão do empresário Paulo de César Barros Morato o único que não foi cumprido.
“Ele já tem mandado de prisão aberto porque no dia que fomos no endereço dele, ele não foi localizado. Então é considerado foragido. Estamos divulgando o retrato dele. Porque se as pessoas, por ventura, virem o retrato dele, denunciem ao disque-denúncia. Esse suspeito é considerado testa de ferro da operação criminosa, empresa de fechada, ele precisa ser preso”, disse Sartoro.
De acordo com Sartoro, as delações premiadas da Operação Lava Jato, ajudaram nas investigações.
“No caso da Petrobras, parte dessa delação foi desmembrada e veio para cá. Por quê? Porque havia fortes indícios que os mesmos operadores estariam operando no caso da Petrobras. Então foi por isso que a gente desmembrou algumas delações da Lava Jato pra que a gente solicitasse as prisões preventivas e o juiz visse lá que tinha fundamento, que já tinha dito isso da delação, e a investigação ficasse mais embrutecida e acontecer o que aconteceu, dele decretar as prisões preventivas”, relatou.
Segundo o assessor, as investigações da Operação Turbulência são casos diferentes da Operação Lava Jato. “Aqui é um caso de emprego público em empresas fantasmas por pessoas”.