segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Eleições municipais: partidos iniciam disputa tensa pelo poder nas capitais

Com o fim da temporada de convenções partidárias, as principais legendas darão a largada à campanha propriamente dita na disputa de outubro


Passadas as convenções municipais, os partidos iniciam a disputa eleitoral mais tensa, curta e sem recursos da história recente da democracia brasileira. Pressionados pelas investigações da Lava-Jato, com novas regras eleitorais e sem financiamento privado para bancar os custos, as legendas disputam mais de 5,5 mil prefeituras em um momento de total descrédito político e pouco mais de um mês após o encerramento do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. “Quem der um prognóstico mínimo ou conseguir estabelecer qualquer meta de vitória nas eleições de outubro estará chutando”, afirmou o secretário-geral do PSDB, deputado Sílvio Torres (SP).

O PSDB, por exemplo, terá cabeça de chapa em pelo menos 10 capitais. O partido tem pouco mais de 700 prefeituras e espera melhorar o desempenho. Os tucanos terão candidatos fortes em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Minas Gerais, além de buscar a reeleição em Manaus, Belém, Maceió e Teresina. Na capital paulista, os tucanos lançaram o nome do empresário João Dória, que consegue estar ainda pior do que Haddad na corrida eleitoral, aparecendo em quinto lugar. Para evitar o desgaste interno provocado pela escolha de um nome que não era do partido, o diretório municipal do PSDB decidiu formar uma chapa puro-sangue, com o deputado Bruno Covas sendo vice na chapa de Dória.

Mesmo com o PT fora do poder federal, o PSDB vê possibilidades remotas de avançar nos postos petistas no Nordeste, exceção feitas em algumas capitais, como Recife, hoje administrada pelo PSB. “Mas em algumas cidades importantes de Pernambuco, como Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, temos nomes bastante competitivos”, disse Torres. Ele não acredita que a crise política nacional seja fator preponderante nas disputas municipais. “Claro que este assunto será pautado nas capitais. Mas, na maior parte das cidades, é o cotidiano do eleitor que vai pesar na escolha do candidato”, completou.

Um comentário:

  1. Acredito que o João Doria é o mais preparado e antenado nas necessidades da cidade de São Paulo.

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