terça-feira, 23 de agosto de 2016

Eleitores querem escutar verdade e boas propostas dos candidatos

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IEm eleições realizadas em meio à crise política, os eleitores vivem momento de descrença em relação aos candidatos. É o que mostra o levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), em parceria com o Jornal do Commercio e com o portal Leia Já, em que 88,7% dos entrevistados afirmaram não confiar neles. A dois meses das eleições, verdade e boas propostas foram respostas de 25,6% e 25,3%, respectivamente, sobre o que querem dos postulantes este ano.


Ainda em sinal de esperança em recuperar a esperança nos políticos, 5,6% afirmaram que desejam o cumprimento das promessas de campanha deles. Vinte e sete por cento das pessoas afirmaram que escolhem em que candidato a prefeito vão votar de acordo com as propostas apresentadas durante a campanha. O número em relação aos vereadores não é muito diferente: 23,2%.

Só depois vem um tema sobre o qual os eleitores querem ouvir dos candidatos a prefeito este ano: segurança, apontado por 5,4% dos entrevistados. A violência urbana foi a principal reclamação dos moradores do Grande Recife na pesquisa, sendo queixa de 41,9% das pessoas.
Embora essa não seja uma atribuição definida pela Constituição para os prefeitos, e sim para os governos estaduais, deve pautar as campanhas. “Os números mostram, claramente, que o problema da segurança pública é uma agenda, inclusive dos prefeitos e, os candidatos tem que colocar isso em pauta na campanha eleitoral”, afirmou o cientista político Adriano Oliveira ao JC.
Números do levantamento
A pesquisa foi realizada para traçar a cultura política dos eleitores, cada vez mais perto do pleito. Foram abordados entre 25 e 26 de julho 816 moradores das cinco cidades mais populosas da Região Metropolitana: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Cabo de Santo Agostinho. O nível estimado de confiança é de 95%, com margem de erro de 3,5 pontos percentuais.
Do total de entrevistados, 55,1% eram mulheres e 44,9% homens, sendo 25,4% com idades entre 45 e 59 anos; 23,2% de 25 a 34 anos; e 21% de 35 a 44 anos. A renda individual de 43,2% é de até um salário mínimo e, de 42,5%, entre um e dois e meio. Cinquenta e seis por cento têm ensino médio completo ou superior incompleto. A maioria é casada (47,9%) e de católicos (56,4%).

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