segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Ministro da Educação defende fim do ensino noturno no País

Foto: Ashley Melo / JC Imagem

Em entrevista à Rádio Jornal, na manhã desta segunda-feira (26), o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), defendeu o fim do ensino noturno no Brasil. Para o pernambucano, a luta é para que os jovens concluam o ensino médio aos 17 anos e não tenham que ir ao mercado de trabalho durante o dia, enquanto estudam à noite.


Mendonça Filho fez questão de defender a Medida Provisória (MP 746/2016) que trata da reforma do ensino médio e se mostrou otimista ao afirmar que a proposta vai “passar com folga no Senado”. 

“Se ao longo de 20 anos não se chegou a um consenso sobre um projeto de lei para a reforma, não podemos esperar mais 20 anos. Temos muitos jovens que não estudam e nossos resultados em português e matemática são ruins. Não sou uma pessoa que vai ficar diante desse problema e ficar passivo. Por isso, enviamos a MP para Câmara, foi aprovada e vai passar no Senado com ainda mais folga. Vamos dar um passo muito positivo em favor dos jovens”, ressaltou Mendonça.

O ministro ainda comentou o parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) alegando inconstitucionalidade da MP que busca a reforma da ensino médio. Para Janot, a proposta ‘não apresenta os requisitos de relevância e urgência’. Ele destacou que o próprio MEC reconhece ‘a complexidade do projeto e a necessidade de participação democrática e amadurecimento’Mendonça disse que o procurador-geral está “totalmente equivocado”. “Respeito muito a posição de Janot, mas ele esta equivocado na sua interpretação. Não presenciei nenhuma manifestação em relação a medidas provisórias presentes na implantação do Fies, do Prouni e do Mais Médicos. Para mim, o procurador está indo na contramão do que necessita de mudança”, disse o ministro.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5599 contra a medida provisória foi proposta pelo PSOL. Mendonça disse que o partido não se preocupa com a situação dos jovens. “O PSOL é isso né. Contestam sempre tudo, se dizem progressistas, mas o que fazem é retroagir. Agem por ideologia e não se preocupam a mudança para atender os jovens”, ressaltou.

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