segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Odebrecht pede desculpas ao país e admite ter cometido práticas impróprias

A empresa também assumiu uma lista de compromissos, como combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas, inclusive extorsão e suborno.

Resultado de imagem para arrependimento

Procurada, a Odebrecht afirmou ao jornal que não esclareceria o pedido a Luciano Coutinho. Depois que fechou o acordo de leniência, a firma admitiu que errou, pediu desculpas à sociedade e prometeu que “práticas impróprias em sua atividade empresarial” não se repetirão. Assumiu uma lista de compromissos, como “combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas, inclusive extorsão e suborno”. No acordo, a empreiteira pagará pelo menos R$ 6,8 bilhões, confessará crimes, indicará outros participantes de negociatas e entregará documentos. Em troca, seus executivos terão penas de prisão reduzidas e a empresa poderá voltar a contratar com o poder público.

Investigadores da Lava-Jato e de outras grandes operações, como Acrônimo e Janus, destacam que a empresa fazia repasses de dinheiro em contas no exterior e em dinheiro vivo no Brasil. Eles avaliam que a firma mantinha um “caixa geral de propinas” obtidas em várias obras para pagar subornos a autoridades. Paralelamente, a Lava-Jato já identificou, por exemplo, o pagamento de débitos usando projetos difrentes. Um empréstimo tomado pelo Partido dos Trabalhadores no Bancho Schain foi “pago”, anos depois, com um contrato de uma empresa da instituição financeira com a Petrobras, de acordo com denúncia apresentada à Justiça.


Para investigadores que avaliam a ação da empreiteira com o BNDES, os financiamentos no exterior permitiam grandes lucros à Odebrecht. A suspeita é que, a partir deles, fosse possível fazer pagamentos de suborno e fazer caixa 2 no Brasil e no país estrangeiro.

Procurados, a assessoria do ex-presidente Lula e do Itaquerão não prestaram esclarecimentos ao Correio. A Caixa afirmou que não comentaria o caso devido a sigilo bancário. (EM)

"As liberações de recursos pressupõem a existência de contratos firmados, seguem pari passu o cronograma físico-financeiro dos projetos e são liberados de acordo com as condições previstas nos respectivos contratos” 
Nota da assessoria do BNDES

Nenhum comentário:

Postar um comentário