Por Múcio Aguiar*
A eleição presidencial dos Estados Unidos presenteou o mundo não com um líder, como foi Barack Obama, mas com um personagem que além de ridicularizar a imagem da maior potencia mundial se apresenta como um temeroso nazista que coloca em risco a segurança internacional. Diferentemente do marreco, conhecido como Pato Donald, criado em 1934 pelos estúdios de Walt Disney, cujo comportamento desastroso anima seus telespectadores, Trump é daqueles que assusta qualquer adulto e, mas se coincide com um filme de terror americano. Seus primeiros dias de (des) governo, misoginia e vulgaridades deixam bem claros o seu papel na história, e não diferentemente se iguala a líderes que buscaram na ditadura construir seu legado.
A propositura de construir um murro entre o México, e de barrar a entrada de imigrantes começa a ter um efeito negativo na economia daquele País, além de caminhar para uma divisão interna de resultado de temerosa previsão. Grandes empresas norte-americanas como Starbucks, Google, Uber e Airbnb decidiram enfrentar a polêmica decisão do seu presidente, de suspender a entrada de imigrantes de sete países de origem muçulmana por ao menos 90 dias. A famosa cadeia de cafeterias afirmou que empregará 10 mil refugiados em suas lojas em todo o mundo e dará preferência nos Estados Unidos a imigrantes que serviram as Forças Armadas dos EUA.
Uma petição promovida por eleitores do Reino Unido para anular a visita oficial de Trump, superou um milhão de assinaturas. Com seu comportamento excludente, ele age na contramão do que pregou o Papa Francisco, que às vésperas do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho de 2016), convocou seus seguidores a ajudarem os refugiados que fogem das guerras em seus países de origem. "Você tem que encontrá-los, ouvi-los e recebê-los", disse o papa.
Será que Francisco receberá o Anticristo no solo sagrado nas colunas Vaticano ou estamos para presenciar, em breve, a luta ideológica de um Pescador com um Tirano? Trump é o capricho divino que unirá cristão, judeus e muçulmanos contra a tirania capitalista do chefe da nova Babel ou tudo terminará num impeachment? Com a palavra Stan Lee, criador dos super-heróis da Marvel que anunciou o surgimento de novos heróis, brasileiros.
*Múcio Aguiar – jornalista, presidente da Associação da Imprensa de Pernambuco e conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa.
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