MANOEL LARRÉ
Para parcela significativa dos moradores, o funcionamento de
um estádio de futebol numa área residencial, densamente povoada, será com
certeza um verdadeiro inferno, que trará a desvalorização de seus imóveis e o
caos para o bairro. Mas, a maioria dos riodecenses, ainda não tomou consciência
dessa tremenda insensatez que será conviver com a violência, o medo, a
prostituição nos arredores, assaltos, o tráfico de drogas etc em seu entorno.
Nada foi planejado e o estádio de futebol Grito da República – na verdade, já
se tornou um grito de socorro. Sem uma unidade policial, sem posto médico para
atendimento dos “torcedores”, sem projeto de evacuação em caso de tumultos,
desordens, tiros, as brigas entre torcidas e arrastões, na única via de acesso
ao campo, à situação não será das melhores, inaugurado pr4ecariamente, agora
causa pânico entre os donos de imóveis, comerciantes, estabelecimentos de
ensino e escolas particulares.
Será um martírio, uma loucura, uma perturbação, sem falar da
falta total de segurança para os proprietários dos imóveis. Muitos já colocaram
as suas casas e apartamentos à venda e para aluguel, mas não aparecem
interessados. Quem vai querer arriscar morar ao lado do estádio, para ouvir
palavrões, gritaria, soltura de rojões, arrastões, depredações, vandalismo,
brigas e agressões entre torcedores? Quem sobreviver a essa desordem verá. E
haja trabalho para as polícias Civil e Militar e o Juizado do Torcedor, sem
dimensionar a grande invasão defronte ao estádio que com certeza será o cartão
postal e ponto de concentração dos “amantes” do futebol.
Os dirigentes do Náutico devem ir até o local do estádio
junto com dirigentes da Federação Pernambucana de Futebol e mentores da CBF, e
outras autoridades, e vetar de imediato a chamada de jogos do Campeonato
Brasileiro da 2ª. Divisão que o time alvirrubro que estar na lanterninha e
nunca, jamais, permitir um jogo profissional naquele “Elefante Branco” erguido
pelo nefasto, e cínico ex-prefeito, que se auto rotula num grande profissional
da política e diz de boca grande, que política não é feita para amadores, e
ele, Renildo Calheiros tem um enorme espelho para se inspirar, o irmão senador,
ex-presidente do Senado Renan Calheiros que responde a mais de 10 inquéritos na
Lava Jato.
Voltando ao Clube Náutico Capibaribe, candidatíssimo a 3ª.
Divisão em 2018 fica o alerta para não levar seus jogos para Rio Doce, um
bairro hoje no cotidiano da Imprensa pela falta de segurança e aonde a
bandidagem age livremente e agora final de maio e junho com uma crescente onde
de homicídios. “Uma verdadeira ‘guerra’ entre traficantes pelo domínio das
bocas de fumo”, que não são poucas, e conhecidas pela polícia, que não intervém
e ninguém sabe a razão dessa omissão. Muitos moradores acham que por medo do
enfrentamento ou para abertamente desgastar o Governo de Pernambuco e muito
mais, atingir frontalmente o Pacto pela Vida. Jogadores devem visitar o local e
se forem obrigados a jogar (são empregados do clube) o restante do campeonato
nacional no “estádio”, o Grito, nome bem sugestivo para o momento, não ir em
seus carros particulares, não levar pertences, pois serão com certeza
furtados e muito menos familiares para
acompanharem seus treinos, correndo o risco de seqüestros e assaltos. Se a
Diretoria do Náutico insistir com essa loucura será responsável pela integridade
física dos seus profissionais. O Governo
do Estado leia-se governador Paulo Câmara não deve colocar batalhões da Polícia
Militar inteiros para assegurar esses jogos e deixar desprovida a população
olindense, que fica trancada dentro de suas casas com medo dos meliantes. Não
existe no local rota de fuga, uma única avenida dá acesso ao “estádio” e como
as brigas sempre acontecem, trocas de tiros e arrastões ninguém estará seguro,
nem os moradores e nem os eventuais torcedores, principalmente a torcida
visitante. O nome desse posicionamento do Náutico, se acontecer, se chama
IRRESPONSABILIDADE, e mais, colocar a vida dos jogadores em risco e na verdade
OUTRA GRANDE IRRESPONSABILIDADE.
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