A estimativa do TCE do gasto da prefeitura com a festa foi de R$ 4 milhões, mas Bruno Pereira negou o valor, e classificou a herança da antiga gestão, comandada por Gino Albanez (PSB), ligado ao 'clã Labanca', como "maldita.
Prefeito Bruno Pereira (PTB) vai acatar a decisão do
TCE, que suspendeu a Festa de Agosto, e afirmou que a antiga gestão deixou
"herança maldita"
Após a decisão do TCE pela suspensão da "Festa de
Agosto", no município de São Lourenço da Mata, no Grande Recife, o
prefeito Bruno Pereira (PTB) disse que deixou de fazer Carnaval e São João na
cidade pensando no impacto financeiro que trariam aos cofres do município
quando fosse realizada a festa do padroeiro da cidade.
"Minha preocupação com essa Festa de Agosto, para
não gerar um desequilíbrio financeiro na minha gestão, era tanta que eu não fiz
Carnaval e não fiz São João. Nós nos preocupamos em fazer contingenciamento e
cuidar do financeiro, para agora o município estar sanado, e fazer uma festa
para gerar renda", disse o mandatário em entrevista concedida à Rádio
Jornal na manhã desta quarta-feira (02).
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou através
de uma medida cautelar, no último dia 25 de agosto, a suspensão das
contratações para a "Festa de Agosto" em São Lourenço da Mata. A
determinação, assinada pelo conselheiro Dirceu Rodolfo, também suspendeu
"o procedimento administrativo de credenciamento de empresas para a
exploração do espaço público do pátio de eventos da cidade".
Ainda segundo o TCE, o município decretou estado de
emergência no início deste ano alegando dificuldades financeiras. Na época,
convênios firmados em exercícios anteriores também foram congelados. Ainda
segundo o conselheiro, a folha de pagamento dos servidores do mês de dezembro
de 2016, também estava em atraso.
"Investimos não R$ 4 milhões, foi comprovado pelo
conselheiro do Tribunal de Contas, que viu nossa defesa e disse que foi gasto
menos de R$ 1,5 milhão. É uma Festa que movimenta a economia. Para você ter
ideia, se colocarmos uma média de 50 mil pessoas na cidade por dia nesses 10
dias, teríamos R$ 10 milhões de incremento no nosso município. Infelizmente,
como a antiga gestão deixou uma herança maldita, com três meses de salários
atrasados e INSS atrasado, o Tribunal de Contas entendeu que era mais
importante pagar essas dívidas do que fazer a Festa", disse Bruno Pereira.
Divulgação
O petebista explicou o por quê de não ter utilizado o
dinheiro da festa para pagar os salários atrasados dos servidores, após um
acordo de parcelamento realizado com a classe, e também esclareceu que assumiu
a prefeitura com um débito de R$ 10 milhões.
"Assumi a prefeitura com mais de R$ 10 milhões de
débito, e paguei logo todas as dívidas atrasadas. Parcelamos o salário de
dezembro da antiga gestão em 10x, onde se encontra em dia. Então, quando o
decreto se encerrou, analisamos que tínhamos condições de fazer uma festa como
essa, pagar o salário dos servidores, aumentar o salário dos professores e
fazer um incremento para melhorar a economia, pois estamos reestruturando uma
cidade que foi deixada em situação de caos", finalizou.
Fonte: JC
Fonte: JC
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