segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

São Lourenço: Bruno Pereira pode ter mandato devolvido

Parecer do MPF pede a devolução do mandato do prefeito, alvo da Operação Tupinambá. Mandado de segurança deve ser apreciado no TJPE nesta segunda-feira (11).


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Folha de Pernambuco

A novela em torno do afastamento do prefeito de São Lourenço da Mata, Bruno Pereira (PTB), ganhou mais um capítulo. O Ministério Público Federal (MPF) emitiu, nesta quinta-feira (07), um parecer favorável à devolução do seu mandato. A manifestação, assinada pelo Subprocurador-Geral da República, Francisco Rodrigues dos Santos Sobrinho, contesta a decisão do então desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Odilon de Oliveira Neto, que faleceu no final do mês de novembro.


Em sua argumentação, o subprocurador-geral coloca que o “Prefeito do Município de São Lourenço da Mata, não era o Ordenador de Despesas, quanto aos itens objeto da investigação em tela, e não pode ser imputado, diretamente, por eventuais irregularidades ou ilícitos que possam ter sido cometidos no caso”. “Em cada um dos itens apontados, constata-se que, realmente, houve erros, omissões, falhas, mas que, a priori, sem aprofundamento das investigações, não se pode imputar a prática de crimes ou de improbidade, ou de ilícitos, aos investigados”, diz o texto.

O documento aponta, ainda, que “o afastamento prematuro do gestor, impede que ele possa prestar as informações necessárias ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, de forma a elucidar as incongruências e/ou erros que estão sendo apontados, de sorte a esclarecer se eles configuram ou não, crime ou improbidade”. “É indubitável que, o afastamento do cargo, imposto ao Paciente e a proibição de que ele adentre no prédio da Prefeitura e no gabinete do prefeito (onde ele exercia suas funções), constitui inegável cerceamento do direito de ir e vir, o que em tese, permite o manejo do habeas corpus para afastar tais constrições”, acrescenta o parecer.

Investigado por desvio de bens e rendas públicas, o petebista foi alvo da Operação Tupinambá, deflagrada pela Polícia Civil do estado, em setembro. Na ocasião, os policiais encontraram R$ 23 mil na residência do então prefeito. Após o episódio, o vice-prefeito, Gabriel Neto, assumiu o comando do município. A cerimônia de posse, realizada no dia 27 de setembro, foi marcada por tumulto.

Mandado de Segurança

Na próxima segunda-feira, inclusive, a Corte Especial do Tribunal de Justiça de Pernambuco deve analisar um mandado de segurança que pede a restituição do mandato de Bruno Pereira. Caso seja aceito, ele poderá retornar ao cargo de prefeito nos próximos dias. Segundo sua defesa, o parecer do MPF, neste caso, favorece a situação do gestor no TJPE.

Com o falecimento do desembargador Odilon Neto, o desembargador Evandro Magalhães pode ser efetivado e ficar com o caso, que está nas mãos de Antônio Carlos, atual substituto.

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